Exames ergométricos: saiba quais são e a indicação de cada um deles

Bem-estar Movimento Saúde
27 de Maio, 2024
Exames ergométricos: saiba quais são e a indicação de cada um deles

Usados há décadas, os exames ergométricos, como o popular teste da esteira, ainda são muito atuais. Desse modo, eles servem como a primeira opção para diagnosticar problemas diante de sintomas cardíacos. Por exemplo, a falta de ar e a dor no peito. Mas ele também é importante para avaliar quem tem doenças sistêmicas, caso da Covid longa, e precisa praticar atividade física como parte do tratamento.  

Essas informações fazem parte de uma nova diretriz, recém-divulgada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). O documento reúne uma revisão de mais de mil estudos sobre o tema. “Esses exames são orientados por sintomas cardiológicos e são essenciais como parte de um check-up”, diz o cardiologista Augusto Uchida, chefe da Ergometria do Hospital Israelita Albert Einstein.  

Leia mais: Teste ergométrico: o que é, preparo e como fazer

Tipos de exames ergométricos

Embora o da esteira seja o mais comum, o médico explica que há vários tipos de testes ergométricos. Em comum, todos avaliam como o coração trabalha enquanto faz esforço, permitindo detectar doenças que podem não dar sinais com o órgão em repouso. Nesse sentido, eles auxiliam no diagnóstico de obstruções, hipertensão e insuficiência cardíaca, além de acompanhar a resposta a tratamentos, o ajuste do uso de remédios e a recuperação pós-cirúrgica. Em casos de pacientes com falta de ar, por exemplo, é possível saber se a origem é cardiovascular ou pulmonar, ou ambos – e ainda se a pessoa apenas está “fora de forma.”   

“A atividade física é parte do tratamento de diversas doenças, incluindo as metabólicas, como a diabetes e a obesidade, e até câncer. Algumas, como a Covid longa, causam o comprometimento pulmonar e também podem agredir o sistema cardiovascular. Assim, os testes ergométricos contribuem para definir melhor suas consequências, além de proporcionar informações para a prescrição individualizada da atividade física, que é parte da reabilitação e do tratamento”, explica o cardiologista Tales de Carvalho, coordenador da diretriz da SBC. 

No entanto, esses exames devem ser feitos por médicos especializados e aptos a lidar com intercorrências. Isso porque problemas graves podem surgir justamente no momento do teste. O local precisa ter equipamentos como desfibriladores, drogas para controlar arritmias e pessoal treinado para atuar no caso de uma ressuscitação cardiopulmonar.  

 A Agência Einstein ouviu os especialistas para explicar os exames. Confira a indicação de cada um deles a seguir. 

Teste ergométrico 

É o mais básico e a primeira opção para fazer um diagnóstico de arritmias, obstruções e hipertensão, entre outros. Nele, monitora-se o paciente por meio de eletrodos, que fazem um eletrocardiograma enquanto ele caminha na esteira ou pedala numa bicicleta. Um aparelho mede a pressão arterial. Interrompe-se o teste quando a pessoa chega à exaustão física ou ao esforço físico máximo, ou quando aparecem sintomas desconfortáveis ou alguma anomalia no monitoramento. 

“Com o surgimento de novos exames mais sofisticados, acreditava-se que o velho teste ergométrico estava ficando ultrapassado. Queremos ressaltar que ele ainda é extremamente útil, com grande custo-efetividade, e oferece muitas informações para diagnóstico, prognóstico e tratamento”, diz Carvalho.  

Teste cardiopulmonar de exercício  

Similar ao teste da esteira, a principal diferença é que o paciente faz o exercício usando uma máscara, que cobre o nariz e a boca e serve para avaliar a capacidade pulmonar. Então, com informações sobre a troca de gases, ele permite analisar o consumo de oxigênio, a produção de gás carbônico e a ventilação pulmonar, o exame mostra como está o condicionamento físico. Essencial para atletas, recomenda-se também para quem pratica atividade física regularmente, pois indica a melhor frequência cardíaca para uma atividade segura, ajudando a elaborar esquemas de treino.  

“O teste aprimora a prescrição de exercício nos programas de reabilitação cardiovascular também para pacientes, inclusive os muito debilitados, com insuficiência cardíaca, doença pulmonar crônica ou doença coronária grave, por exemplo”, diz Carvalho. 

Exames ergométricos com imagens 

Quando os testes anteriores geram dúvidas, explica o cardiologista, podem ser feitos exames de esforço que associam imagem. São eles: 

Ecoestresse 

Trata-se do ecocardiograma, que é uma espécie de ultrassom do coração em que o médico visualiza imagens do órgão enquanto a pessoa faz o exercício, normalmente pedalando. Pode auxiliar quando há dúvidas sobre obstruções. 

Cintilografia do miocárdio  

É um exame de medicina nuclear, que utiliza o contraste (uma substância radioativa) e ajuda a visualizar o funcionamento e a irrigação do coração, apontando isquemias, entre outros problemas. Dessa forma, é feito em pacientes de maior risco ou que já tenham doenças das coronárias, por exemplo.  

 Fonte: Agência Einstein. 

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