Estudo sobre artrose estima que 1 bilhão terá doença até 2050

Saúde
28 de Agosto, 2023
Estudo sobre artrose estima que 1 bilhão terá doença até 2050

A artrose, também conhecida como osteoartrite ou osteoartrose, é uma condição que provoca o desgaste da cartilagem, que tem a função de suavizar o impacto e atrito entre os ossos. Contudo, por ser uma doença degenerativa, pode afetar a estrutura óssea e os ligamentos de uma pessoa. Um estudo recente sobre a artrose, que atinge 15 milhões de indivíduos no Brasil, revelou uma estatística preocupante.

O Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), dos Estados Unidos, publicou na revista The Lancet, que quase 1 bilhão de pessoas irão conviver com a artrose.

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Estudo sobre artrose aponta a obesidade como principal fator de risco

De acordo com o estudo, a obesidade é uma das grandes responsáveis para o desenvolvimento do quadro. “Em 2020, 20% da população com a obesidade teve o diagnóstico de artrite ou artrose. Os locais mais comuns para osteoartrite são joelhos e mãos. Até 2050, a osteoartrite do joelho aumentará em 75% e a osteoartrite da mão, em 50%”, informa um trecho do comunicado do IHME.

A previsão vem da análise da incidência da enfermidade nas últimas três décadas (de 1990 a 2020), em mais de 200 países. Como resultado, foi possível realizar a projeção da doença nos próximos 30 anos.

Para se ter uma ideia, no início do estudo, em 1990, a artrose atingia 256 milhões de pessoas pelo mundo. No final da análise, em 2020, o número era de 595 milhões.

Outras causas para o avanço da artrose

Além da obesidade, a pesquisa observou que o crescimento populacional e o próprio envelhecimento serão determinados para o aumento de casos. Embora o estudo não cite o sedentarismo, a falta de exercício físico também é um fator de risco para diversas doenças relacionadas à mobilidade — incluindo as degenerativas, como a própria artrose e a osteoporose.

Dentre as áreas que mais sofrerão com o desgaste, o levantamento indicou que o quadril e o joelho serão os “campeões”, com 78,6% e 74,9%, respectivamente. Em terceiro lugar, as articulações das mãos serão as mais prejudicadas, com 48,6% dos diagnósticos.

Mulheres serão as principais vítimas do problema

Por serem mais suscetíveis a alterações hormonais ao longo da vida e outras questões genéticas variadas, as mulheres são e continuarão sendo o alvo da artrose. De forma geral, os autores do estudo sugerem que a vida saudável e a prevenção precisam integrar a estratégia de saúde global.

Priorizar uma alimentação equilibrada e se manter ativo são dois requisitos importantes para evitar a obesidade e, como consequência, o desenvolvimento precoce de doenças reumatológicas.

Quanto ao tratamento, não há cura para a condição. Entretanto, dependendo do estágio da artrose, é possível controlar o quadro e, assim ter mais qualidade de vida.

Ortopedistas e reumatologistas indicam a viscossuplementação (VS), que nada mais é que uma injeção de ácido hialurônico (AH) nas articulações. A substância ajuda no alívio da dor e promove melhoria da mobilidade por mais tempo.

Afinal, o ácido hialurônico funciona como um substituto da cartilagem, pois ajuda a reduzir o atrito entre os ossos. Outra medida é a fisioterapia e a prática de exercícios para fortalecer a musculatura para amenizar o impacto das articulações.

Em casos mais severos, pode ser necessária a intervenção cirúrgica, que consiste na colocação de próteses para recuperar a mobilidade. Todavia, cirurgias desse tipo podem exigir novos reparos, devido ao risco de deslocamento da prótese. Além disso, as próteses possuem uma vida útil, que variam de acordo com o material — em média, duram 10 anos.

 

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