Esquizofrenia tem cura?
A esquizofrenia é um transtorno mental grave, que afeta cerca de 1% da população mundial. Ela é caracterizada por uma perda de contato com a realidade, o que resulta em sintomas como alucinações, delírios, discurso desorganizado e comportamento motor anormal.
Eles afetam de maneira significativa a vida pessoal, social e profissional de pessoas que convivem com a esquizofrenia — e podem variar em intensidade e frequência, sendo que algumas pessoas têm episódios mais graves, enquanto outras conseguem manter um controle melhor com o tratamento adequado.
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Mas afinal, a esquizofrenia tem cura? Sendo um distúrbio complexo, existem diversas questões sobre como é feito o tratamento e se ele é necessário para o resto da vida.
Afinal, esquizofrenia tem cura?
A esquizofrenia não tem cura, mas ela possui tratamentos que ajudam a controlar os sintomas e a melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Com o uso contínuo de medicamentos antipsicóticos, terapias psicossociais e suporte adequado, é possível gerenciar os episódios psicóticos, estabilizar o humor e promover a reintegração social.
Como é feito o tratamento de esquizofrenia?
O tratamento da esquizofrenia envolve uma abordagem multidisciplinar, composta por medicações, terapias psicossociais e suporte contínuo de uma equipe de saúde.
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Medicamentos antipsicóticos
Primeiramente, os antipsicóticos são o principal recurso farmacológico no tratamento da esquizofrenia, ajudando a controlar alucinações e delírios, além de estabilizar o humor. Eles atuam no cérebro regulando os neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina.
Terapias psicossociais
As terapias psicossociais complementam o tratamento medicamentoso, ajudando o paciente a lidar com desafios diários e promovendo sua reintegração social. São elas:
- Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): auxilia no reconhecimento e na modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais, reduzindo alucinações e delírios, por exemplo;
- Terapia ocupacional: ensina habilidades práticas e promove a independência do paciente, seja no retorno ao trabalho ou na realização de atividades cotidianas;
- Terapia familiar: envolve a família no processo, orientando-os sobre como lidar com os sintomas da esquizofrenia e proporcionando um ambiente de suporte em casa;
- Grupos de apoio participar de grupos de apoio permite ao paciente compartilhar experiências e criar um senso de pertencimento, aliviando o isolamento social.
Tratamentos de suporte
Além da medicação e terapias, existem outras formas de apoio que contribuem para o bem-estar do paciente:
- Gestão de caso: um profissional, como um enfermeiro ou assistente social, pode coordenar o tratamento e ajudar a garantir que o paciente receba a assistência necessária, desde cuidados médicos até suporte psicossocial, por exemplo;
- Educação sobre a doença: informar tanto o paciente quanto a família sobre a esquizofrenia é fundamental para reconhecer sinais de recaída e melhorar a adesão ao tratamento;
- Reabilitação psicossocial: visa ajudar o paciente a recuperar habilidades necessárias para uma vida independente, desde gerenciar finanças até desenvolver relações sociais e cuidar da saúde física.
Estilo de vida e bem-estar
O estilo de vida saudável é um componente essencial para o controle da esquizofrenia:
- Exercícios físicos: melhoram o humor, reduzem o estresse e ajudam a controlar o ganho de peso, que pode ser um efeito colateral dos antipsicóticos;
- Alimentação equilibrada: uma dieta balanceada ajuda a prevenir problemas de saúde associados ao uso prolongado de medicamentos;
- Sono adequado: por fim, um padrão de sono regular é vital para a saúde mental, ajudando a estabilizar o humor e prevenir surtos psicóticos.
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Referências
Manual MSD | Versão Saúde para a Família