Escala de Glasgow: Paulinha Abelha está no estágio mais alto do coma
A Escala de Coma de Glasgow é utilizada por médicos para avaliar traumas, problemas neurológicos e o nível de consciência de um paciente. O tema veio à tona depois da cantora Paulinha Abelha, vocalista do grupo Calcinha Preta, ter sido diagnosticada no grau 3 da Escala de Glasgow, considerado o mais alto do coma.
Paulinha, de 43 anos, foi internada para tratar de problemas renais no dia 11 de fevereiro, mas 3 dias depois o quadro se agravou e ela foi transferida para a UTI, além de passar a fazer diálise. De acordo com o boletim médico divulgado recentemente, ela permanece em coma com quadro neurológico grave inalterado, respirando com a ajuda de aparelhos, fazendo hemodiálise e em monitoramento contínuo das disfunções neurológica, renal e hepática.
A equipe médica não descarta a possibilidade de uma intoxicação medicamentosa causada por remédios para emagrecer ser a responsável pelas lesões sofridas pela artista. Até o momento, porém, os exames realizados não comprovam o fato.
Leia mais: Insuficiência renal: causas, sintomas e como tratar
A importância da Escala de Glasgow
A escala de Glasgow foi desenvolvida em 1974, na Universidade de Glasgow, na Escócia. Ela varia do grau 3 a 15, sendo que o mais baixo representa maior gravidade. A escala serve como parâmetro para auxiliar a decisão dos médicos de realizar ou não procedimentos específicos. Dessa forma, o paciente costuma ser intubado quando a escala está abaixo de 9, por exemplo.
A pontuação de 3, que é o caso de Paulinha Abelha, pode significar morte cerebral, mas os médicos precisam avaliar outros parâmetros. De acordo com a equipe médica que cuida da vocalista, negou-se qualquer evidência de morte cerebral e descartou que o quadro de saúde de Paulinha seja irreversível.
O que a escala avalia?
A escala de Glasgow é determinada quando os médicos suspeitam de trauma cranioencefálico, e deve ser feita cerca de seis horas depois do trauma. Para determinar o grau da escala, os médicos observam a reação do paciente a três estímulos: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora.
Para cada um desses parâmetros é atribuída uma pontuação de 3 a 15. Perto de 15, o nível de consciência é normal. Os casos de coma estão nas pontuações inferiores a 8.
Embora seja importante na avaliação de pacientes em coma, a Escala de Glasgow apresenta algumas falhas. Não é possível, por exemplo, avaliar a resposta verbal de quem está intubado. Além disso, caso o paciente esteja sedado, a avaliação do nível de consciência é mais difícil.