Equimose: o que é, sintomas, causas e como tratar

Saúde
11 de Julho, 2022
Equimose: o que é, sintomas, causas e como tratar

A equimose é um termo pouco conhecido entre a população leiga. Mas certamente você já ouviu falar em hematomas, que se referem praticamente à mesma condição. Saiba mais sobre o assunto e veja quando é necessário procurar um médico.

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O que é equimose?

Sabem aquelas manchas roxas que aparecem após uma pancada ou até mesmo sem motivo aparente? Pois a equimose é nada mais do que um trauma na pele, que se manifesta quando alguns vasos sanguíneos se rompem.

Qual a diferença entre equimose e hematoma?

Apesar de serem semelhantes na aparência — ambas são manchas arroxeadas e variam de tamanho — há uma linha tênue entre eles. Enquanto o hematoma consiste em uma lesão mais profunda, derivada de pancadas mais forte e comumente dolorida, a equimose é o oposto. Ou seja, o trauma é mais superficial e não provoca dor ao pressionar a região.

Possíveis causas da equimose

O aparecimento de uma ou mais equimoses é multifatorial. Veja as principais razões que influenciam a condição:

Leucemia

A leucemia é um tipo de câncer que ataca os glóbulos brancos. Essas células sanguíneas começam a crescer de forma desenfreada e com mutações malignas. Além da equimose, a pessoa sofre perda de peso súbita, dor generalizada, fadiga, náuseas, vômitos, suor excessivo e febre.

Traumas em geral

As equimoses podem ocorrer quando caímos ou colidimos com algo (por exemplo, com um móvel ou eletrodoméstico) e em determinadas situações, como esportes de contato.

Varizes

“Pessoas com predisposição ou que possuem varizes também podem ser acometidas por equimose. Principalmente após ficar muito tempo de pé ou sentado, pois os vasos sanguíneos são mais sensíveis e há maior risco de ruptura”, esclarece Igor Sincos, cirurgião vascular e chefe da equipe endovascular do Hospital Albert Sabin (HAS).

Dengue

Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue é uma infecção que provoca extrema indisposição, com dores musculares, febre, fadiga e náuseas. Contudo, existe uma versão mais agressiva da doença — a chamada dengue hemorrágica — que afeta a quantidade de plaquetas e o sistema imunológico. Assim, a pessoa torna-se mais suscetível a hemorragias e a lesões como a própria equimose.

Hemofilia

A hemofilia é uma enfermidade que causa dificuldades no sistema de coagulação, que leva ao aumento de quadros hemorrágicos até em situações mais brandas, como uma queda. Dessa forma, a equimose é mais recorrente e pode surgir com uma mínima pancada.

Baixa quantidade de plaquetas

As plaquetas são células sanguíneas que participam do processo de coagulação. Quando o exame laboratorial indica contagem baixa dessas plaquetas, isso quer dizer que a coagulação pode ocorrer de forma inadequada. Como resultado, equimose e hematomas são mais frequentes.

Diagnóstico da equimose

A equimose em si não exige um diagnóstico específico. No entanto, quando as lesões aparecem com muita frequência e atingem uma grande proporção da pele, é sinal de alerta. De acordo com Sincos, é essencial realizar exames laboratoriais nesses casos. “Principalmente os de sangue, pois conseguimos verificar a contagem de plaquetas e alterações que sinalizem problemas mais graves, como a leucemia”, explica. Além dos exames de sangue, o médico pode solicitar alguns específicos de imagem, sobretudo para investigar o sistema vascular. Por exemplo:

Tratamento

Se a equimose possui uma causa inofensiva, como uma contusão, as manchas costumam desaparecer espontaneamente após alguns dias. Primeiro, a lesão apresenta cor arroxeada e transita para o aspecto amarelado até clarear completamente. Mas quando se trata de outras condições, como varizes e dengue, por exemplo, o tratamento precisa ser direcionado. Por outro lado, é possível amenizar a aparência das manchas com o uso de compressas de gelo, ou aplicar medicamentos à base de polissulfato de mucopolissacarídeo, que atua na redução do trauma. Mas vale dizer que casos mais delicados exigem tratamento médico para que o controle da equimose.

Fonte: Igor Sincos, cirurgião vascular e chefe da equipe endovascular do Hospital Albert Sabin (HAS).

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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