Epicondilite lateral: Cotovelo de tenista aumentou com home office

Saúde
22 de Junho, 2021
Epicondilite lateral: Cotovelo de tenista aumentou com home office

O home office tem gerado diversos problemas relacionados à postura incorreta, especialmente incômodos e lesões — como a epicondilite lateral. A condição gera dor na lateral do cotovelo, prejudicando as atividades cotidianas. E nada pior do que trabalhar com dores, não é mesmo?

Também conhecida como cotovelo do tenista ou tendinite do tenista, a epicondilite lateral ocorre quando os tendões desta parte do corpo estão sobrecarregados.

Contudo, os atletas não são as únicas pessoas que desenvolvem essa condição. Pessoas que realizam atividades domésticas e atuam em profissões como pintura, carpintaria, encanamento e outras atividades que exijam movimentos repetitivos com os braços e pulsos também podem desenvolver a patologia. No Brasil, há mais de 150 mil casos por ano.

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De acordo com o fisioterapeuta Bernardo Sampaio, o risco de desenvolver a patologia aumenta quando a pessoa utiliza excessivamente os músculos do antebraço e dos tendões. Além dos músculos localizados ao redor da articulação do cotovelo. 

“Na pandemia, tenho percebido um aumento de queixas, principalmente entre as pessoas que estão em home office. Seja pelos movimentos repetitivos (diagnóstico bem comum), mas também pela falta de ergonomia correta para a realização do trabalho” destaca o profissional.

Sintomas da epicondilite lateral

Conheça os principais sintomas da condição:

  • Dor no cotovelo, na parte mais externa, e principalmente quando a mão está virada para cima;
  • Incômodo que irradia para o antebraço;
  • Dor que piora durante movimentos como apertos de mão, pentear o cabelo, escrever ou digitar;
  • Redução da força no braço ou no punho.

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Tratamento para cotovelo de tenista

Segundo o especialista, a doença não tem cura. Mas assim como outras patologias, existe tratamento para a epicondilite lateral. “Além do uso de analgésicos, utilizar algum tipo de imobilização pode ser benéfico quando necessário. Repouso relativo, fisioterapia e terapia ocupacional também contribuem para a melhora do quadro, como a diminuição de dor e o aumento da função” complementa Bernardo.

Ademais, o profissional explica que a melhor maneira de prevenir a epicondilite lateral é fortalecendo os músculos do antebraço. Portanto, fazer exercícios com pesos leves ou alongamentos antes das atividades também podem ajudar. Sem contar a mudança de hábitos. “Isso pode incluir a adição de períodos de descanso ou a modificação dos equipamentos que você usa no escritório, na fábrica ou durante o esporte” finaliza.

Fonte: Bernardo Sampaio. Fisioterapeuta, diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata e professor do curso de pós-graduação em fisioterapia traumato-ortopédica do Instituto Imparare e do curso de fisioterapia do Centro Universitário ENIAC (Guarulhos).

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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