São Paulo decreta estado de emergência para dengue
O governo de São Paulo decretou estado de emergência para o surto de dengue. A decisão anunciada nesta manhã (5/3), foi tomada pelo Centro de Operações de Emergências (COE), grupo coordenado pela Secretaria Estadual da Saúde, e acontece no momento em que o estado atingiu 311 casos para cada grupo de 100 mil habitantes nos últimos dias, registrando 31 mortes confirmadas pela doença. Além disso, outros 122 óbitos estão em investigação.
A Organização Mundial da Saúde – OMS, define que a incidência de 300 casos por 100 mil habitantes indica um quadro epidêmico, indicando a necessidade de registrar estado de emergência.
Com a declaração, o estado de São Paulo receberá mais recursos do Ministério da Saúde para combater a doença sem a necessidade de licitações, além de atrair mais visibilidade para o tema. Até o momento, Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais decretaram situação de emergência para dengue neste ano.
Estado de emergência: surto de dengue no Brasil
O número de casos de dengue vem aumentando no Brasil desde 2022. De lá pra cá, a escalada de infecções só cresceu, resultando em 1.904 mortes só em 2023. Na última quinta-feira, o Brasil ultrapassou 1 milhão de casos de dengue nos primeiros meses de 2024.
A previsão do Ministério da Saúde, no entanto, é de que o cenário pode piorar, já que as previsões estimam que o país pode chegar ao recorde de 4,2 milhões de casos em 2024.
Prevenção
De acordo com informações do Ministério da Saúde, cerca de 75% dos focos do Aedes aegypti estão dentro dos domicílio. Além disso, o período de chuvas e de calor intenso é propício para a proliferação do mosquito, já que ele se multiplica em espaços úmidos e quentes.
A prevenção contra o mosquito, no entanto, começa com tarefas simples dentro de casa. É importante prestar muita atenção em recipientes úmidos, afinal, o Aedes aegypti costuma colocar seus ovos nestes locais. Para isso, observe com atenção os quintais, evitando o acúmulo de água em pneus, calhas, vasos, pratos de plantas, caixas d’água descobertas, entre outros.
“O mais importante é compreender que combater o Aedes aegypti é um dever de todos e que começa dentro de casa. Vale ressaltar, ainda, que se houver necessidade de armazenamento de líquidos, deve-se ter o cuidado de não deixar os reservatórios destampados, para evitar que o mosquito coloque ovos dentro deles”, afirma o médico patologista Alex Galoro.
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Sintomas
Após a picada pelo Aedes aegypti, os sintomas tendem a surgir nos primeiros dias. Fique atento aos seguintes sinais:
- Febre;
- Dor nos olhos;
- Mal-estar.
Caso os sinais surjam, é necessário buscar orientação médica. E se a doença for confirmada, é preciso seguir as recomendações dos médicos. Além disso, é muito importante não se automedicar. Alguns medicamentos podem potencializar problemas de coagulação causados pela dengue — gerando, assim, chances de sangramentos, queda na pressão e até morte.
Por fim, também é possível realizar testes para confirmar o diagnóstico do vírus, sendo alguns deles o PCR Combo, teste rápido para antígeno e anticorpos (NS1, anticorpos IgC e IgM) e também o PCR.