Eflúvio telógeno: a queda de cabelo que se dá de repente
O cabelo cai todo dia, tem seu ciclo, renasce e assim deve ser. Por isso é importante observar bem se há uma queda abrupta dos fios ou mesmo se ela aumentou e não para. Pois o problema pode ser eflúvio telógeno, que pode acontecer por mudanças hormonais no pós-parto, doenças metabólicas, dietas restritivas, estresse e infecções agudas.
Dessa forma, eflúvio telógeno é uma condição na qual há aumento da queda de cabelo, principalmente no couro cabeludo. Muitas pessoas que tiveram Covid-19, por exemplo, relataram queda e foram diagnosticadas com eflúvio.
Como saber se minha queda é motivo de preocupação?
Importante sempre observar os fios que caem no box, no chão do banheiro e da casa no geral, assim como o que fica no travesseiro. Se você, por exemplo, usa escova para desembaraçar o cabelo e nota que precisou retirar mais fios na hora da limpeza, que no ralo há fios acumulados, e observar que está aumentando de maneira prolongada, é um sinal de alerta.
Não existe uma medida ideal, existe uma variação da quantidade. Sendo maior do que o dia anterior, não é normal. Normal é perder entre 100 a 150 fios por dia. Estes fios são renovados diariamente.
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Tratamento para eflúvio telógeno
Pode ser feito em várias frentes. Mas antes de decidir em que caminho ir, o médico irá examinar o couro cabeludo com um aparelho chamado tricoscópio para observar de maneira ampliada o couro cabeludo.
Para tratar, há a opção de equipamentos que emitem luz no couro cabeludo em diferentes frequências para estimulação do nascimento de cabelo. E também a injeção localizada de medicamentos para queda, como minoxidil, dutasterida e finasterida e fatores de crescimento.
Como a alimentação pode ser aliada
Para o funcionamento geral do organismo, ter uma alimentação balanceada é muito importante. Você pode incluir alguns nutrientes que são amigos do cabelo no dia a dia. Selênio, que está presente nas castanhas e as vitaminas B5 e E, encontradas no brócolis e no abacate, assim como as uvas, que são antioxidantes.
Fontes: Ademir C. Leite Jr, dermatologista e tricologista, de São Paulo e Álvaro Fortes, dermatologista e tricologista, especialista em transplante capilar, de São Paulo.