Efeitos da vacina da Covid: primeiro grande estudo mostra resultados
A Rede Global de Dados de Vacinas publicou o primeiro grande estudo sobre os efeitos da vacina da Covid-19. De acordo com os resultados, a infecção pelo coronavírus tem mais chance de causar adversidades do que a aplicação dos imunizantes. A pesquisa analisou quase 100 milhões de pessoas, distribuídas entre oito países.
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Efeitos da vacina da Covid: resultados do maior estudo
Primeiramente, os pesquisadores monitoraram se algum evento indesejado aconteceu pelos 42 dias seguintes à vacinação com doses da Pfizer, Moderna e AstraZeneca. A constatação foi de que a infecção pela COVID tem maior probabilidade de causar todas as adversidades pesquisadas do que as vacinas.
No geral, os dados mostraram que o número de pessoas que desenvolveram condições médicas graves depois da vacina foi baixo em comparação com todo o âmbito do estudo.
Quais foram os efeitos?
De acordo com o estudo, houve um pequeno aumento em problemas neurológicos, sanguíneos e cardíacos. Além disso, de todos os participantes, cerca de 150 mil pessoas (0,00066%) desenvolveram alguma das 13 condições médicas analisadas pelo estudo.
A miocardite, uma inflamação do coração, apareceu com mais frequência em pacientes que receberam três doses das vacinas de mRNA da Pfizer e Moderna. Além da miocardite, houve aumento de casos da síndrome de Guillain-Barré — que ataca os nervos — e trombose venosa cerebral depois de doses da AstraZeneca.
Segundo outro estudo, da Universidade Yale, sintomas como intolerância ao exercício e “névoa cerebral” podem surgir após a vacinação. Um dos principais pesquisadores do estudo ressaltou ser possível reconhecer tanto os imensos benefícios quanto os raros riscos da vacinação.
Por fim, vale lembrar que, no mundo todo, 13,5 bilhões de doses de vacinas contra a COVID foram aplicadas. De acordo com estudos recentes, isso representou mais de 14 milhões de vidas salvas.
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