Ectima: o que é, sintomas, causas e tratamento
A ectima se trata de uma infecção piogênica. Portanto, produz pus, que atinge a pele de uma maneira profunda. Em sua maioria, é causada pela bactéria Streptococcus pyogenes, entretanto, também pode vir da Staphylococcus aureus. A condição tem caráter profundo, então, pode atingir a gordura subcutânea, deixando cicatrizes permanentes na pele.
Causas da Ectima
A ectima é contraída por picadas de insetos e escabiose. Assim, os casos de ectima acontecem, em sua maioria, em pessoas que vivem em áreas quentes e úmidas. A infecção pode acontecer em qualquer idade e qualquer indivíduo, sendo mais propício em crianças, idosos ou imunossuprimidos. Além disso, vale entender que a contaminação acontece pela ruptura de pele que entra em contato com a bactéria.
“Esse contato pode ser com outra pessoa com que tenham alguma infecção bacteriana ou até mesmo uma bactéria que reside e que está presente na pele e se aproveitou de um machucado ou de algum trauma e se penetrou na pele”, explica Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, médico dermatologista e coordenador do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).
Fatores de risco
- AIDS;
- Alcoolismo;
- Diabetes descontrolado;
- Desnutrição;
- Imunodepressão;
- Higiene precária.
Sintomas da Ectima
A ectima se inicia com uma área avermelhada e inchada, então, se desenvolve uma bolha que se rompe. Assim, ela evolui para uma ou várias úlceras que são cobertas por crostas grossas e semelhantes à cor de mel. O processo pode ser bastante doloroso.
A maioria das lesões acontece na parte inferior do corpo. Além disso, a condição tem uma variante chamada de ectima gangrenoso, causada pela bactéria Pseudomonas aeruginosa. “O ectima é basicamente caracterizado pela presença de uma crosta, ou seja, de uma casca no local da ferida e uma área de inflamação ao redor”, destaca o médico.
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Diagnóstico
A infecção deve ter confirmação de um dermatologista ou clínico geral. Portanto, as lesões serão analisadas e uma biópsia pode ser solicitada. Dessa forma, um laboratório deve recolher um pedaço da ferida para confirmar o tipo de bactéria da ectima.
Exames de sangue também fazem parte do diagnóstico.
Tratamento da Ectima
A infecção é tratada com medicamentos antibióticos, em especial, contra bactérias Gram-positivas. O tratamento pode durar vários dias. “É importante evitar deixar a bactéria exposta porque quando aberta pode acabar contaminando outras pessoas”, alerta o profissional.
Prevenção
Realizar uma boa higiene, manter hábitos saudáveis e reforçar a imunidade para evitar doenças são algumas maneiras de prevenir a infecção. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a doença pode evoluir para um quadro renal agudo chamado glomerulonefrite pós-estreptocóccica.
Para evitar o contágio de outras pessoas e espalhar a ectima na própria pele, é preciso evitar mexer nos locais das lesões. Além disso, a casquinha das feridas só pode ser solta durante o banho e com muito cuidado, contudo, é preferível mantê-las. Por fim, evite compartilhar itens pessoais como toalhas, roupa de cama e roupas.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia e Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, médico dermatologista e coordenador do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).