Dormir mal afeta emoções positivas e traz riscos à saúde mental

Bem-estar Equilíbrio Sono
24 de Janeiro, 2024
Dormir mal afeta emoções positivas e traz riscos à saúde mental

Um megaestudo revisou as pesquisas feitas nos últimos 50 anos e mostrou evidências sólidas de que dormir mal afeta as emoções, trazendo consequências para a saúde mental a longo prazo. De acordo com uma pesquisa de cientistas da Universidade de Montana, nos Estados Unidos, a falta de sono pode reduzir emoções positivas, como alegria e contentamento.

Além disso, também identificou um aumento dos sintomas de ansiedade. O trabalho revela que esses efeitos negativos ocorrem mesmo quando a pessoa tem pequenas reduções no período de descanso, como deitar uma ou duas horas além do usual.

“A longo prazo, isso aumenta o risco de transtornos do humor. Por exemplo, depressão, ansiedade e transtorno do estresse pós-traumático”, diz a especialista em medicina do sono Maíra Honorato, do Hospital Israelita Albert Einstein.

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Dormir mal afeta emoções

Os autores buscaram os estudos existentes sobre todo tipo de privação de sono e seu impacto no estado emocional. Para isso, analisaram 154 artigos de 28 países, totalizando 5.715 participantes. Nos trabalhos, os cientistas induziram os voluntários a simular tanto a privação aguda – em que eles ficavam longos períodos sem pregar os olhos – quanto a crônica, em que tinham que dormir menos horas do que o usual. Além disso, eles também avaliaram o efeito do chamado sono fragmentado, isto é, quando é interrompido várias vezes.

A mensuração do impacto emocional ocorreu por meio de questionários com respostas a estímulos emocionais, bem como testes para medir sintomas de ansiedade e depressão. Em seguida, eles compararam todos os dados aos de um grupo controle.

Assim, diferente dos afetos positivos, as emoções negativas como medo, raiva, desgosto e estresse, foram menos consistentes. De acordo com os autores, há uma explicação evolutiva para esse fenômeno: esses sentimentos têm função imediata diante de uma ameaça. “O fato de eles serem menos afetados pela falta de sono seria melhor para nossa própria proteção”, explica a especialista.

Outros estudos sugerem que cerca de 30% dos adultos não dormem o suficiente. Um artigo brasileiro aponta que fatores como tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo e excesso de peso também estão associados a problemas para dormir. Em São Paulo, dados do Episono (Estudo Epidemiológico do Sono) mostram que 45% da população queixa-se de insônia.

Fonte: Agência Einstein.

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