Dor lombar ou pélvica? Entenda as diferenças
É muito comum pessoas confundirem uma dor que parece ser na lombar, mas é dor pélvica. De fato, a proximidade das regiões gera confusão. Além disso, é natural uma dor numa localidade irradiar para a outra. Segundo a fisioterapeuta pélvica Priscila Pschiski, o diagnóstico correto é feito com uma série de testes e exames. No entanto, existem diferenças que facilitam a identificação entre elas.
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Dor lombar X pélvica: diferenças
“A maioria das pessoas não sabe que a dor lombar caracteriza-se pela flexão do tronco, além de ser uma dor contínua. Já a dor pélvica é intermitente e se apresenta durante uma tosse, quando a pessoa fica muito tempo em pé ou sentada, no ato sexual, entre outros casos”, explica a especialista.
O diagnóstico passa por testes específicos de movimento. Por exemplo, análise da mobilidade lateral, da flexão de tronco, da marcha e do levantar e sentar. Quando os testes apontam para dor pélvica, também são avaliadas as musculaturas internas do assoalho pélvico.
Quais são as causas?
Várias são as causas que podem desencadear a dor pélvica, entre elas a cólica menstrual, endometriose, constipação grave, abuso físico ou sexual, espasmos musculares no assoalho pélvico, inchaços, gases e infecções do trato urinário.
“É comum gestantes sentirem dor pélvica em função da produção dos hormônios, como a relaxina. Esse hormônio é responsável por deixar os ligamentos mais elásticos, deixando as articulações da região pélvica mais solta. A dor também está relacionada com o aumento do peso do bebê, pois pode pressionar os órgãos pélvicos”, esclarece Priscila, apontando que, às vezes, esta dor não é significante durante a gestação, mas pode surgir de forma intensa poucos dias após o parto.
Por outro lado, no homem, a dor pélvica costuma estar relacionada com a hiperexcitação do sistema nervoso central e do sistema nervoso periférico. Ou seja, quando acontece um estado constante de estímulos na musculatura do assoalho pélvico. “Esse excesso de estímulo na região íntima masculina pode inflamar, trazendo desconforto na região da musculatura, dor na área suprapúbica, desconforto nos testículos, dor ao urinar ou ejacular, e aumento da frequência urinária”, afirma a fisioterapeuta pélvica.
Tratamento
O tratamento é feito com fisioterapia pélvica, por meio de exercícios de relaxamento das musculaturas, não só do assoalho pélvico, mas também das musculaturas envolvidas, como costas, quadril, entre outras áreas. São realizados ainda exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico e, quando necessário, inclui-se terapias alternativas, como acupuntura, aromaterapia, termoterapia e massagem relaxante para tirar as tensões dos grupamentos musculares.
Fonte: Priscila Pschiski, fisioterapeuta pélvica e proprietária da clínica Pelvic Funcional.