Dor de cabeça nas mulheres é maior do que nos homens, diz estudo
A ciência acaba de reforçar um problema que boa parte do público feminino já enfrenta na prática. A incidência da dor de cabeça nas mulheres é maior do que nos homens, segundo estudo conduzido por cientistas da Universidade de Torino, na Itália.
Além das dores de cabeça, as mulheres experimentam outros sintomas igualmente desconfortáveis, como tontura, náusea e vômitos. Quando a condição tem a companhia desses incômodos, a qualidade de vida costuma cair significativamente. As dores de enxaqueca, por exemplo, são debilitantes, pois aumentam a sensibilidade à luz e são mais duradouras, piorando o quadro.
Tal constatação também se sustentou pelo fato de as mulheres procurarem ajuda médica mais do que os homens. Além disso, as autoras do estudo alertaram que a enxaqueca multiplica o risco de desenvolvimento de transtornos emocionais, como depressão e ansiedade.
A saúde mental está diretamente relacionada à frequência e intensidade dos episódios de dores de cabeça. Quanto mais a mulher sofre com o problema, maiores as chances de se isolar e abdicar de atividades gerais por causa das dores incapacitantes.
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Por que as mulheres têm mais dor de cabeça do que os homens?
Os hormônios e a predisposição genética são os principais responsáveis por dores de cabeça e enxaquecas entre o sexo feminino. Principalmente durante a menstruação, que provoca o declínio na produção do hormônio estrogênio. Com essa queda, surge o gatilho para a mulher ter mais dor de cabeça e enxaqueca.
Não à toa, mais da metade dos diagnósticos da enxaqueca nos Estados Unidos são fruto da menstruação ou dos dias que a antecedem, de acordo com a American Migraine Foundation.
É possível tratar a condição?
Felizmente, a enxaqueca é tratável, mas exige controle constante. No entanto, é importante identificar a causa das dores, pois a oscilação hormonal é apenas uma delas. Então, procurar um neurologista é a melhor maneira de descobrir a origem e, dessa forma, o melhor tratamento.
Há casos elegíveis para cirurgia, se a desordem estiver relacionada a um distúrbio do sistema nervoso. De maneira geral, o uso de medicamentos e algumas mudanças no estilo de vida integram os cuidados para diminuir as crises.
Reduzir o consumo de doces, evitar anticoncepcionais com estrogênio, ter uma rotina de sono de qualidade e praticar atividade física são exemplos que fazem parte do tratamento.