Doenças crônicas não transmissíveis: o que são, tipos e como prevenir
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) representam um dos principais desafios de saúde pública. Isso porque elas se tornaram as principais causas de morte no Brasil e no mundo .
Assim, fazem parte desse grupo as doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas foram incluídas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, na lista das dez maiores ameaças à saúde pública no planeta. Assim, o combate a elas faz parte do novo plano estratégico para os próximos cinco anos da entidade. Ainda segundo a Organização, só em 2019, as DTNC foram responsáveis por 75% das mortes ocorridas globalmente.
Como consequência, as DCNT têm gerado elevado número de mortes prematuras e perda de qualidade de vida. Além disso, causa impactos econômicos negativos para indivíduos, famílias e a sociedade em geral. Entenda mais sobre o assunto.
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Afinal, quais são as causas das DCNT?
As DCNT caracterizam-se por ter uma etiologia múltipla e muitos fatores de risco. Por exemplo, o uso de tabaco, consumo nocivo de álcool, alimentação não saudável e atividade física insuficiente. Além disso, são conhecidas pelos longos períodos de latência, curso prolongado e também por associarem-se a deficiências e incapacidades funcionais.
As DCNT se desenvolvem no decorrer da vida, podendo surgir em qualquer idade, a depender do grau de exposição dos indivíduos aos fatores de risco para as doenças. Não é possível a transmissão entre pessoas e, cabe ressaltar que as DCNT são preveníveis. Dessa forma, cuidados com a alimentação e a prática de atividade física são fundamentais na prevenção.
Quais são as doenças crônicas não transmissíveis
O grupo de doenças crônicas não transmissíveis é composto por:
- Doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, ataque cardíaco e derrame;
- Câncer;
- Diabetes;
- Doenças respiratórias crônicas, como asma, doença pulmonar obstrutiva e rinite alérgica, por exemplo.
Promoção da saúde
O conceito de promoção da saúde surgiu, inicialmente, em 1986, na Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, no Canadá. O termo caracteriza o processo de capacitar as comunidades para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde de forma que eles sejam protagonistas das ações.
No Brasil, em 2006, foi instituída a PNPS (Política Nacional de Promoção da Saúde) que tem como objetivo principal promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidades e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes sociais (modo de vida, condições de trabalho, acesso a bens e serviços essenciais, educação, lazer e cultura).
O documento possui diretrizes e responsabilidades para cada esfera de gestão. Para a esfera municipal, que está mais próxima da população, o documento destaca que compete aos municípios incluir em seu planejamento ações de promoção da saúde nos territórios e este é o ponto de partida para que o conceito de promoção saia da teoria e entre na prática.
Vigilância: doenças crônicas não transmissíveis
A vigilância em saúde é o conjunto de ações realizadas de maneira contínua e sistemática passando pela coleta, consolidação, análise e disseminação de dados sobre eventos de saúde. Ela fornece os insumos para planejamento e a execução de medidas de saúde pública voltadas para proteção, prevenção, controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde da população.
As ações de vigilância em saúde são endereçadas para toda a população brasileira, compreendem práticas e processos de trabalho e são coordenadas com os outros serviços e ações ofertados pelo SUS. Sobre as DCNT, a atuação da vigilância prevê o acompanhamento da situação de saúde da população e monitoramento das doenças crônicas não transmissíveis.
A vigilância de DCNT reúne o conjunto de ações que possibilitam conhecer a distribuição, magnitude e tendência dessas doenças e de seus fatores de risco na população, identificando seus condicionantes sociais, econômicos e ambientais, com o objetivo de subsidiar o planejamento, a execução e a avaliação da prevenção e do controle.
Prevenção e Controle
Inicialmente, mudanças nos hábitos são necessárias tanto na prevenção como no controle das doenças crônicas. Por isso, um estilo de vida saudável pode melhorar a expectativa e a qualidade de vida. Veja algumas ações que podem ser implementadas no dia a dia:
- Manter uma alimentação saudável e variada, rica em frutas, vegetais e cereais, por exemplo. Reduzir, também, o consumo de industrializados, açúcar e sódio;
- Praticar atividades físicas regulares;
- Reduzir/evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Não fumar.
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Referências: Fiocruz e Instituto Lado a Lado pela Vida.