Doenças causadas por bactérias: conheça as principais
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Não tem como fugir das bactérias. Elas foram os primeiros organismos vivos do planeta e habitam praticamente todos os ecossistemas do mundo, incluindo os mares, o ar e o solo. Dessa forma, a microbiota humana possui mais de 35 trilhões de bactérias – número superior ao de células humanas. Apesar de a maior parte delas ser benéfica ao organismo e ao planeta, existem diversas doenças causadas por bactérias, as chamadas bactérias patogênicas.
Assim, conheça as mais comuns a seguir:
Doenças causadas por bactérias: clamídia
A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível (IST). Os sintomas mais comuns são dor na região genital e durante relações sexuais, ardência ao urinar, corrimento amarelado ou claro em mulheres, além de sangramentos espontâneos fora do período menstrual.
O principal meio de prevenção é o uso de preservativo e o tratamento é feito por meio do uso de antibióticos, além de abstinência sexual e investigação da saúde da parceria sexual.
Doenças causadas por bactérias: coqueluche
Uma doença grave que compromete traqueia e brônquios, e evolui em três fases. Na fase mais grave, os acessos de tosse são finalizados por inspiração forçada e prolongada, semelhante a vômitos, que provocam dificuldade de beber, comer e respirar. A transmissão acontece, principalmente, pelo contato direto com a pessoa doente e não vacinada, através de gotículas de saliva. Por isso, para evitar, é importante tomar a vacina DTP.
Difteria
A bactéria causadora da difteria é transmitida por contato direto com doentes ou portadores assintomáticos através das secreções nasais. A incidência da doença costuma aumentar nos meses frios e, principalmente, em ambientes fechados, devido à aglomeração.
Os sintomas são febre, cansaço, palidez e dor de garganta. Mas em casos graves, pode haver edema no pescoço, aumento de gânglios na região e até asfixia mecânica aguda. A única maneira de prevenir a difteria é por meio da vacinação.
Gonorréia
A gonorreia é uma infecção sexualmente transmissível (IST), que se apresenta na forma de secreção na uretra e vontade de urinar com mais frequência e urgência. O tratamento é feito com antibióticos, geralmente em dose única injetável.
Terçol
O terçol é uma infecção muito comum, que ocorre nas glândulas sebáceas das pálpebras. Sendo assim, a doença se manifesta pela presença de um abscesso pequeno, dor, inchaço e vermelhidão da pálpebra.
Para prevenir, os médicos recomendam lubrificar os olhos com colírios e higienização externa das pálpebras. O tratamento, a princípio, pode ser feito em casa, com compressas úmidas aquecidas no local. Contudo, se não resolver, é importante consultar um oftalmologista para a prescrição de antimicrobiano tópico.
Doenças causadas por bactérias: infecção urinária
É a infecção bacteriana mais comum em humanos: cerca de 50% das mulheres terão pelo menos um episódio ao longo da vida. Os principais sintomas são dor e ardência ao urinar e o tratamento é feito com antimicrobianos. É bom saber que, quanto à prevenção, alguns pacientes se beneficiam do consumo regular do extrato de cranberry. Isso porque essa fruta contém cianidinas, substâncias que dificultam a adesão da bactéria às células do trato urinário. Outra dica importante é ingerir água regularmente.
Leia também: Suco de cranberry ajuda a combater infecção urinária?
Meningite
A meningite consiste na infecção das meninges, membranas que revestem o sistema nervoso central. Assim, os principais sintomas são febre alta, dor de cabeça, rigidez de nuca e fotofobia (maior sensibilidade à luz). A prevenção é feita com vacinas – é bom lembrar que as meningites bacterianas são infecções graves que requerem hospitalização e tratamento com antimicrobiano intravenoso.
Pneumonia
Existem vários tipos de pneumonia, e a do tipo bacteriana costuma ser precedida por uma infecção viral (gripe). Desse modo, o tratamento depende da gravidade da doença. Quadros mais leves podem ser tratados com antibioticoterapia oral, mas os mais graves necessitam de internação e terapia antimicrobiana intravenosa.
Fontes: Henrique Perobelli, gastro-proctologista da Rede de Hospitais São Camilo, em São Paulo, e Jorge Sampaio, microbiologista do Fleury Medicina e Saúde.
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