Doença Trofoblástica Gestacional: o que é, sintomas e tratamento

Gravidez e maternidade Saúde
14 de Outubro, 2022
Doença Trofoblástica Gestacional: o que é, sintomas e tratamento

A doença trofoblástica gestacional é uma condição que atinge gestantes e mulheres que deram à luz recentemente. Assim, como o nome sugere, ela atinge a região do trofoblasto, que é a camada de tecido que reveste a placenta do bebê e que nutre o embrião ao longo dos meses de gravidez.

Um dos sintomas mais comuns é o crescimento anormal do trofoblasto, que pode acabar resultando em tumores benignos ou malignos. Dessa maneira, os benignos incluem condições como a mola hidatiforme, ou gravidez molar, enquanto os malignos podem causar o que os médicos chamam de coriocarcinoma.

Leia também: Hilary Swank anuncia gravidez de gêmeos aos 48 anos

Fatores de risco

Não existe uma causa específica para a doença trofoblástica gestacional, uma vez que acontecem ainda na meiose ou mitose do embrião. Mas sabe-se que ela costuma ser mais incidente em gestantes que estão entre a décima e a décima sexta semana de gravidez.

Geralmente, acomete mulheres que estão nos extremos gestacionais, ou seja, abaixo dos 20 anos e acima dos 35 anos de idade. Por fim, gestantes que já tiveram algum tipo de doença trofoblástica possuem de 1% a 2% de terem uma condição similar na segunda vez em que engravidarem.

Sintomas da Doença Trofoblástica Gestacional

O indício mais comum em gestantes com doença trofoblástica gestacional é um crescimento anômalo, que pode ou não ser visível externamente. Porém, outros sintomas também são corriqueiros, incluindo náuseas e vômitos.

Devido às alterações hormonais, muitas mulheres ainda relatam que sentem inchaços, sangramentos, hipertensão arterial, pré-eclâmpsia e, em casos mais graves, a própria eclâmpsia.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da doença trofoblástica gestacional é feito ainda no exame de ultrassom, que indica as primeiras suspeitas. Posteriormente, o obstetra pode pedir uma biópsia ou um exame anatomopatológico.

Com os resultados dos exames, o médico irá indicar o tratamento de acordo com o tipo de doença que a paciente tem. Se for a gravidez molar completa, se faz apenas uma aspiração ou curetagem para esvaziar o útero. 

Na gravidez molar parcial ou incompleta, espera-se o óbito do embrião (quando existente) para esvaziar o útero. Já em casos como o coriocarcinoma ou um tumor trofoblástico, é preciso fazer cirurgia de retirada do útero, trompas e até mesmo dos ovários às vezes. Esses últimos podem vir acompanhados de quimioterapia ou radioterapia.

Vale ressaltar que não existem medidas preventivas, uma vez que não se conhece a causa da doença. O mais importante é seguir o tratamento supervisionado com seu médico, que pode levar de seis meses a um ano para ser concluído.

Fonte: Karen Rocha de Pauw, médica ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana. Formada em Medicina na Universidade Federal de Uberlândia, especialista pela AMB e FEBRASGO. 

Sobre o autor

Redação
Todos os textos assinados pela nossa equipe editorial, nutricional e educadores físicos.

Leia também:

5 hábitos saudáveis para enxaqueca
Saúde

5 hábitos saudáveis para enxaqueca

A enxaqueca é uma doença crônica que causa um tipo de dor de cabeça latejante

Mortes por AVC
Saúde

Mortes por AVC podem ser associadas às temperaturas extremas

Mais de meio milhão de pessoas tiveram AVC relacionados às temperaturas extremas – muito calor ou muito frio

leptospirose
Saúde

Leptospirose: o que é, causas, sintomas e como tratar

Transmitida pela urina de animais contaminados, a leptospirose pode causar complicações graves. Saiba mais