Diferenças entre depressão e estar deprimida
Tristeza, cansaço, desânimo e baixa autoestima. Quando surgem esses sintomas, logo a pessoa fica em dúvida se está com depressão ou apenas deprimida. Por isso, é importante conhecer as diferenças para entender o que você está sentindo e quando é o momento de buscar ajuda.
Estar deprimida
De acordo com Rejane Sbrissa, psicóloga cognitivo comportamental, todos nós ficamos deprimidos em algum momento da vida. Assim, esse sentimento pode ocorrer por diversos motivos: perdas, frustração, separação, entre vários outros.
“O estado deprimido tem começo, meio e fim. Além disso, a pessoa sabe identificar exatamente porque se sente assim. E apesar da tristeza, ela consegue realizar seus compromissos cotidianos”, explica.
Mas é preciso estar atento pois o estado deprimido pode se transformar em algo mais grave, a depressão. “O motivo que iniciou o estado deprimido vai se perdendo e começa a atrapalhar todas as áreas de sua vida, comprometendo o seu dia a dia e suas relações familiares e sociais”, diz Rejane.
Leia também: Depressão: Como os exercícios físicos ajudam a combatê-la
Para Rejane, a principal diferença entre estar deprimida e a depressão é a intensidade dos sintomas. Ela também ressalta a importância de haver um diagnóstico com profissional especializado para obter o diagnóstico, ou seja, psicoterapeuta e psiquiatra.
Depressão
Já a depressão é uma doença que pode afetar tanto a saúde mental quanto a física. Dessa maneira, o trata-se de uma doença multifatorial que costuma estar relacionada a fatores genéticos, bioquímicos, comportamental, entre outros.
Assim, é uma das doenças de saúde mental mais comuns atualmente. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior taxa de depressão da América Latina, afetando 5,8% da população.
Rejane lembra que os sintomas da depressão são muitos e dependem de cada pessoa. Mas os mais comuns incluem:
- Sensação de tristeza constante;
- Falta de motivação;
- Falta de prazer em atividades que antes eram consideradas agradáveis;
- Perda de energia;
- Dificuldade para se concentrar;
- Perda de apetite ou compulsão alimentar;
- Irritabilidade;
- Choro excessivo sem motivo definido;
- Ansiedade;
- Culpa;
- Apatia;
- Alterações do sono (insônia ou hipersonia);
- Alterações frequentes de humor.
Por fim, a psicóloga entrevistada recomenda que os amigos ou familiares de pessoas com depressão estejam sempre presentes. “Ouça a pessoa, seus sentimentos e sensações e coloque-se à disposição para as tarefas rotineiras. Aconselhe a busca por um tratamento com psicólogos e psiquiatras. E não se esqueça de reforçar que é uma doença que assim como outras tem tratamento.”
Fonte: Rejane Sbrissa, psicóloga cognitivo comportamental especializada em compulsões.