4 dietas saudáveis que podem aumentar as chances de engravidar
Estima-se que a infertilidade afete 1 em cada 6 pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com esse cenário, cada vez mais casais estão buscando maneiras de aumentar suas chances de conceber um filho. Além dos tratamentos médicos convencionais, como a fertilização in vitro, a adoção de hábitos alimentares saudáveis tem se mostrado uma abordagem promissora para melhorar a fertilidade. Um estudo recente publicado na revista científica Nutrients no final de maio, mostrou 4 tipos de dietas para engravidar que aumentam a fertilidade e as chances de um parto saudável. Saiba mais a seguir!
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Dietas para engravidar
No estudo, os pesquisadores investigaram se os padrões de dieta poderiam afetar os resultados da fertilidade. Assim, bancos de dados foram analisados para estudos que investigam padrões alimentares ou dietas completas de mulheres em idade reprodutiva que precisam de tecnologias de reprodução assistida ou que conceberam espontaneamente.
Os autores do estudo dividiram as tendências alimentares em três grupos de dieta: mediterrânea, saudáveis (diretrizes dietéticas holandesas, ProFertility e a Fertility) e não saudáveis (padrão ocidental). Somente os dois primeiros grupos tiveram resultados relevantes para trazer benefícios à concepção de bebês saudáveis.
“Os bons hábitos de vida são altamente importantes para aumentar as chances de gravidez, mesmo em técnicas indicadas pelo médico. A dieta, por exemplo, é muito relevante”, explica o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e sócio do Mater Lab. Conheça as dietas e seguir!
1- Dieta mediterrânea
Esse tipo de alimentação conta com alto consumo de frutas, vegetais, peixes, nozes, gorduras saudáveis e baixo consumo de carnes e gorduras não saudáveis. “A adesão à dieta mediterrânea foi positivamente associada a melhores resultados de gravidez com técnicas de reprodução assistida e a concepção natural”, diz o médico.
Por outro lado, os produtos industrializados, como comida congelada, enlatados, biscoitos, pão de forma e outros, estão proibidos. No entanto, por ser uma dieta considerada calórica, o ideal é consultar um nutricionista antes de aderi-la.
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2 – Dietas para engravidar: Diretrizes Dietéticas Holandesas
Nesse tipo de padrão alimentar, é aconselhado o aumento da ingestão de vegetais, frutas, peixes, carnes magras em doses equilibradas, grãos integrais e gorduras saudáveis. “Os estudos mostraram um aumento de 65% nas chances ajustadas de gravidez clínica”, diz o médico.
3 – Dieta ProFertility
Rica em vegetais e frutas com baixo teor de pesticidas, essa dieta também orienta um maior consumo de soja, peixe e suplementos dietéticos. Assim, os estudos mostraram melhorias significativas em resultados como nascidos vivos, gravidez clínica e com técnicas de reprodução assistida.
Além disso, a dieta também conta com uma ingestão maior de ácido fólico, vitamina D e B12.
4- Dieta Fertility
Rica em vegetais, gorduras insaturadas, laticínios com alto teor de gordura e suplementos dietéticos, essa dieta mostrou um risco 66% menor de infertilidade ovulatória e 27% menor de infertilidade devido a outras razões.
Por fim, o médico reforça alguns padrões comuns nesses quatro tipos de dietas. São eles: o alto consumo de vegetais e frutas, prioridade para proteínas magras e equilíbrio na ingestão de carne vermelha, além da substituição de farináceos por grãos integrais. “Esse tipo de alimentação garante macro e micronutrientes, com ação também antioxidante para melhorar a funcionalidade do sistema reprodutor”, diz o Dr. Rodrigo.
E as dietas não saudáveis?
Segundo a revisão, estudos de dietas não saudáveis ou ocidentais falharam em mostrar associação significativa com os resultados da gravidez nos grupos de maior e menor adesão.
“Apesar disso, um estudo analisado mostrou que uma dieta de alta densidade energética, rica em gorduras saturadas, pobre em frutas, legumes e grãos, foi associada a uma redução de 70% nas taxas de gravidez clínica. Portanto, seguir padrões mais saudáveis é o recomendável”, enfatiza o Dr. Rodrigo Rosa.
“A dieta ocidental é comumente composta por quantidades excessivas de gorduras saturadas, carboidratos refinados e proteínas animais. Além disso, é comum ser pobre em fibras, vitaminas e minerais, o que faz com que esteja associada a altos níveis de inflamação. E possuímos extensas evidências de que a inflamação do organismo pode afetar a fertilidade feminina e masculina. O que contribui para a diminuição da qualidade seminal, desregulação dos ciclos menstruais, falhas na implantação embrionária e outras sequelas reprodutivas”, finaliza o médico.
Fonte: Dr. Rodrigo Rosa, médico ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana e sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, e do Mater Lab, laboratório de Reprodução Humana.