Desfralde: 5 dicas de como conduzi-lo de forma gentil

Gravidez e maternidade Saúde
04 de Novembro, 2022
Desfralde: 5 dicas de como conduzi-lo de forma gentil

Embora o desfralde seja um momento aguardado pelos pais em relação ao desenvolvimento infantil, ele é um marco que ainda é rodeado de dúvidas, uma vez que a experiência de cada criança é única. Assim, é difícil estipular uma idade específica de quando ele deve acontecer, por exemplo. Logo, o que se sabe é uma faixa etária média do período em que ele pode ocorrer.

De acordo com a pediatra Patrícia Terrível, neonatologista e membro do departamento de Aleitamento Materno da SPSP, os sinais do desfralde começam por volta dos dois anos e se estendem até o terceiro ano de vida. No entanto, mais do que a faixa etária, a especialista explica que é importante esperar a criança demonstrar os sinais de que ela está pronta para viver esse momento, sem forçá-la. “Se tiramos a fralda e ela começa a fazer xixi e cocô, ela pode sentir nojo de si, segurar, ficar ressecada e traumatizada”, esclarece a médica.

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Sinais de que a criança está pronta para o desfralde

Em conjunto com Patrícia, o pediatra Paulo Telles, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que os indícios de que a criança está pronta para o desfralde são:

  • Ela consegue ficar sentada sozinha;
  • Deve ser capaz de tirar a própria calça sozinha;
  • Começa a ficar mais tempo sem fazer xixi e cocô;
  • Mostra incômodo quando a fralda está suja;
  • Faz xixi e cocô em horários parcialmente determinados;
  • Começa a se isolar para fazer as necessidades na fralda.

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Dicas para fazer o desfralde de forma gentil

1. Converse, converse e… converse!

O diálogo é o recurso mais importante tanto no processo de desfralde quanto em relação a outros marcos de desenvolvimento do público infantil. É por meio dele que os pais podem explicar o que é o xixi e o cocô bem como funciona a ida ao banheiro.

Além disso, a conversa também permite que os responsáveis estabeleçam combinados com a criança que a ajudarão a passar por essa fase. Por exemplo, eles podem perguntar se ela quer ficar um período sem fralda. Assim, eles devem “explicar como tentarão fazer, passar confiança e respeitar o que o filho disser e como quiser fazer”, orienta Telles.

2. Atenção ao modo que você fala sobre o xixi e o cocô!

Ir ao banheiro é um processo natural do ser humano e, por isso, é importante que os pais não falem com repulsa e/ou nojo sobre o ato de fazer xixi e cocô. Dessa forma, as chances da criança desenvolver algum tipo de aversão ao momento são menores.

3. No desfralde, dê exemplo para a criança

Além do exemplo da fala, o pediatra da SBP orienta os pais a mostrarem para o filho que eles também vão ao banheiro. Dessa forma, sempre que possível, indica-se que o pequeno acompanhe os responsáveis no momento de fazer xixi e cocô para que ele entenda que é algo totalmente normal. Além disso, o público infantil tende a repetir o que os adultos fazem.

O momento de observação também vale para caso a criança tenha irmãos mais velhos que já vão ao banheiro ou até mesmo amiguinhos na escola que já estão na fase do desfralde. Portanto, quanto maior o número de referências do pequeno, melhor!

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4. Crie uma rotina de idas ao banheiro

Ajudar a criança a se familiarizar com o banheiro também é importante para que ela aprenda a usá-lo. Dessa forma, Telles orienta os pais a criarem uma rotina de idas ao cômodo para que o pequeno possa conhecê-lo melhor. Logo, é importante levá-lo para sentar no penico ou no vaso sanitário com o redutor nem que seja só para conversar, ler um livro ou brincar.

É fundamental também avaliar o horário que o filho tende a fazer xixi e cocô. Dessa forma, os pais devem levá-lo ao banheiro quando esse momento for se aproximando para que assim ele aprenda que deve se encaminhar até o cômodo para fazer suas necessidades.

5. Não brigue diante de escapes 

Por fim, mas não menos importante, a família não deve brigar diante de possíveis escapes que a criança acaba vivendo ao longo do processo do desfralde. Como dito anteriormente por Patrícia, isso pode desencadear traumas no pequeno.

“Escapes e perdas são normais e não devem ser punidos. Portanto, nada de ficar bravo ou mostrar decepção e/ou tristeza. Trate de forma natural e leve: afinal, até você já teve algum escape”, finaliza Telles.

Fontes:

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