Densitometria óssea: como é e para que serve o exame
Simples e eficaz, a densitometria óssea é um dos exames mais populares e indicados para identificar casos de osteopenia e osteoporose. Como o próprio nome sugere, a densitometria mede a densidade dos ossos. “O procedimento possui indicadores próprios que avaliam se os ossos apresentam menos densidade do que se deveria”, explica Leandro Gregorut, ortopedista da rede de hospitais São Camilo, em São Paulo (SP).
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Como é feito
Segundo Gregorut, o indivíduo é deitado em uma mesa que possui o densitômetro, que passa por todo o corpo e emite uma radiação que capta a imagem e a densidade dos ossos. Nesse meio tempo, a transmissão é feita para o computador, que recebe as informações digitalizadas.
“A primeira vista, as regiões que mais servem de parâmetros são o colo do fêmur e a coluna lombar. Assim, é possível avaliar a densidade óssea de todo o corpo”, explica o ortopedista. Frequentemente, muitas pessoas têm receio de sentir dor durante o exame. Mas a boa notícia é que a densitometria óssea é indolor e rápida – dura cerca de 15 minutos – e o laudo sai quase imediatamente.
Importância da densitometria óssea
Além de identificar sinais de osteopenia e osteoporose, duas condições que afetam a saúde dos ossos e os tornam mais frágeis, o exame ajuda a detectar o problema precocemente. Dessa forma, o médico pode prescrever tratamentos e hábitos que ajudem a prevenir o avanço da queda da densidade óssea.
Parâmetros utilizados
O T-score é um padrão de referência internacional criado pela Organização Mundial de Saúde, com base em diversas análises da densidade óssea da população mundial. Ou seja, este indicador mostra o quanto você está próximo ou distante do ideal. Veja os índices:
- Normalidade: T-Score de 0 a -1,0 DP (desvio padrão)
- Osteopenia: T-Score de – 1,0 a -2,4 DP
- Osteoporose: T-Score de -2,5 ou menos.
Osteopenia e osteoporose: qual a diferença?
Facilmente confundidas, osteopenia e osteoporose possuem algumas distinções. Basicamente a osteopenia precede a osteoporose, que indica a perda de massa óssea, mas ainda não é crítica. Já a osteoporose é a enfermidade caracterizada pela perda progressiva da densidade óssea. Por outro lado, em estágio avançado e sem tratamento, a doença provoca fraturas com facilidade e limita a mobilidade do indivíduo, normalmente pessoas idosas, que perdem a massa óssea naturalmente com o passar dos anos.
Quem pode fazer a densitometria óssea
Homens e mulheres de todas as idades, inclusive crianças. A princípio, é mais indicado em pessoas com mais de 60 anos, fase da vida cuja perda óssea é mais significativa e necessita de acompanhamento periódico. Por essa razão, o exame é exigido a cada ano, de acordo com a orientação médica. Outro grupo que pode fazer são de pessoas que tenham algum tipo de doença óssea ou articular, como espondilite anquilosante e artrite reumatoide.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mulheres com mais de 50 anos com fatores de risco para fratura, como a deficiência de vitamina D, ou com hábitos como sedentarismo ou tabagismo, precisa realizar o exame. Porém, há contraindicações para alguns casos, como mulheres gestantes e pessoas acima de 120 quilos. Portanto é importante consultar o médico para buscar alternativas de avaliação.
Fonte: Leandro Gregorut, ortopedista da Rede de Hospitais São Camilo, em São Paulo (SP).