Curtir o mar com segurança: Confira 10 dias essenciais
O verão chegou e as altas temperaturas atraem milhares de pessoas para as praias. Somente em São Paulo, estima-se que cerca de 5 milhões de turistas busquem a região litorânea do estado este ano. No entanto, para curtir o mar com segurança e tranquilidade, é importante ficar atento para evitar acidentes, principalmente nas praias. A seguir, confira 10 dicas essenciais para se manter seguro.
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Como curtir o mar com segurança
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os afogamentos são a terceira causa de morte acidental no mundo e representam quase 8% do total de mortes globais.
“Infelizmente o risco é real. A maioria das mortes ocorre porque as pessoas ignoram os riscos, não respeitam seus limites pessoais e não sabem como agir nessas situações”, alerta Gisele Abud, diretora Técnica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, em Santos (SP).
Assim, a prevenção é a ferramenta mais eficaz contra os afogamentos, fique atento as recomendações a seguir.
10 dicas essenciais para curtir o mar
- Procure o salva-vidas mais próximo antes de entrar na água, ele saberá informar sobre as condições do mar e o local mais apropriado para banho;
- Respeite as sinalizações como bandeiras verde, amarela e vermelha. Em caso de alerta de perigo, não entre no mar;
- Fique na parte rasa, principalmente se não souber nadar. Como diz o ditado: “Água no umbigo, sinal de perigo”;
- Entre no mar acompanhado;
- Não entre no mar sob efeito de drogas, álcool ou após ter ingerido alimentos pesados;
- Não entre no mar a noite e em situações com chuva e raios;
- Nade em locais seguros, longe de pedras e costões;
- Tenha atenção redobrada com crianças, que devem entrar no mar sempre acompanhadas por um adulto. Dessa forma, é importante também colocar pulseiras de identificação;
- Lembre-se que no mar há condições adversas. Dados apontam que 50% dos afogados são pessoas que sabem nadar, então cuidado com o excesso de confiança.
- No caso de uma ocorrência ligue imediatamente para os bombeiros (193), ou chame o guarda-vidas quando perceber pessoas em situação de afogamento.
- Por fim, caso seja necessário agir, entre no mar sempre com uma boia ou objeto flutuante que possa ser jogado para o banhista em dificuldade agarrar. “Evite se aproximar, pois no momento do desespero, o banhista pode se agarrar a você e ambos se afogarem”, alerta Gisele Abud.
Riscos de afogamento
A diretora da UPA de Santos destaca que o afogamento ocorre, de forma geral, por asfixia decorrente da aspiração de líquido, que obstrui as vias aéreas (traqueia, brônquios ou pulmões), ocasionando alterações das trocas gasosas, que levam a falta de oxigênio no sangue e, por consequência a acidez excessiva do sangue e fluidos corporais.
Além disso, um estudo da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), aponta que a cada uma hora e meia, um brasileiro morre afogado e 90% dos óbitos acontecem em águas naturais, ou seja, rios, oceanos, represas, cachoeiras etc. Ainda de acordo com levantamento do órgão, homens morrem em média 6,7 vezes mais, sendo os jovens, de até 29 anos, as principais vítimas.
Dessa forma, no Brasil, as principais causas de afogamento nas praias são a ingestão de bebidas alcoólicas (que alteram a capacidade de julgamento e resposta do banhista), correntes de retorno (onde o banhista é puxado para dentro do mar), depressão no fundo das praias e o impacto das ondas (onde o movimento forte da água arremessa o banhista para baixo).
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Fonte: Gisele Abud, diretora Técnica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, em Santos (SP).