Como (e por que) cuidar das articulações?
Com a chegada da idade, é comum percebermos que nossos joelhos, tornozelos e até punhos não têm mais a mesma mobilidade que tinham antes. Isso porque as nossas articulações envelhecem com o tempo e não conseguem executar as suas funções da mesma maneira, portanto, precisam de cuidados a mais. Mas, antes de falar sobre isso, vamos começar do começo:
O que são articulações?
“As articulações são as nossas juntas”, explica o médico reumatologista Dawton Torigoe. “É onde há uma conexão de um osso com o outro”. De acordo com o profissional, é fácil acreditarmos que as “juntas” existam só nos lugares que movimentamos (como ombros, cotovelos, tornozelos e quadril). De fato, essas são as chamadas “articulações móveis”. Mas existem também aquelas que não se movem, como as suturas do crânio. “São articulações também, mas estão quase grudadas. Cada doença acomete articulações específicas, se manifesta de uma forma diferente, mas, basicamente, toda doença reumatológica causa dor articular.”
Se pensarmos sobre as articulações móveis, é fácil perceber como elas podem sofrer lesões de diversas naturezas. Isso porque existem as traumáticas (atropelamento, por exemplo), as inflamações, e as causadas por um esforço repetitivo (como é o caso dos corredores de longa distância).
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Cuidados com as articulações
Evitar questões reumatológicas não é difícil, mas exige um compromisso de longo prazo — o que, pelo lado bom, também garante mais qualidade de vida, já que a prevenção tem como objetivo evitar o desgaste das articulações. A obesidade, por exemplo, é um dos pontos de atenção quando se fala no assunto, uma vez que pode sobrecarregar as estruturas.
Fazer exercícios físicos com frequência é essencial, assim como manter uma alimentação saudável. “E isso é não só para doenças reumatológicas, mas para prevenir doenças cardiovasculares, Alzheimer e neoplasias, além de evitar a depressão e a ansiedade. Tudo o que a gente planta hoje, colhe depois”, diz o Dr. Torigoe.
É claro que uma vida saudável não impede o desenvolvimento de questões reumatológicas no futuro, no entanto, possibilita melhor qualidade de vida e pode acelerar o período de recuperação, caso necessário.
Aliás, cada doença reumatológica exige um tratamento específico, contudo, o médico explica que a área passou por uma série de avanços nos últimos 20 anos, o que garante não só métodos de diagnóstico mais precisos, como tratamentos igualmente efetivos. “Hoje, tratamos de forma muito mais incisiva e intensiva, então, a estratégia mudou. Temos um arsenal de tratamentos que avançou demais e, com isso, conseguimos devolver uma vida normal para a maioria dos nossos pacientes — desde que diagnosticados corretamente.”
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Fonte: Dawton Torigoe, médico reumatologista.