Creatina na menopausa: suplemento ameniza efeitos e promove bem-estar

Alimentação Bem-estar Saúde
19 de Julho, 2024
Ana Renata de Godoy Ferreira
Revisado por
Enfermeira • COREN SP - 87.661
Creatina na menopausa: suplemento ameniza efeitos e promove bem-estar

Um estudo recente publicado na Nacional Library of Medicine traz os benefícios da creatina para mulheres na pós-menopausa. De acordo com a pesquisa, o suplemento, em associação com o treinamento resistido, é uma arma eficaz contra a perda muscular e óssea relacionada à idade.

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Quais são os benefícios da creatina na menopausa?

A menopausa marca a queda na produção de estrogênio. Trata-se de um processo natural que traz consigo diversos desafios à saúde feminina. Por exemplo, a perda de massa muscular e óssea, que podem levar à fraqueza, osteoporose e maior risco de quedas.

“Nesse contexto, a suplementação com creatina surge como uma alternativa promissora para combater esses efeitos e promover o bem-estar feminino”, explica a médica Larissa Raso Hammes, ginecologista e obstetra.

O estudo explorou os efeitos da creatina, bem como os de um substrato energético para a contração muscular conhecido por seus benefícios no desempenho atlético. A suplementação em si visa aumentar os níveis de fosfocreatina e creatina livre nos músculos. Dessa forma, retarda a fadiga, melhora o desempenho esportivo e o ganho de massa magra.

Como resultado, a pesquisa indicou que o suplemento pode ser uma ferramenta valiosa para combater os efeitos negativos da menopausa na saúde musculoesquelética. No entanto, os estudos com creatina em mulheres na pós-menopausa ainda são relativamente novos.

Combate à perda muscular

De acordo com a médica, quando combinada com o treinamento de força, a creatina é eficaz na prevenção de perda muscular e no ganho de massa muscular. Além disso, combate a sarcopenia — e com uma boa massa muscular, somada ao exercício físico resistido, amplifica a proteção da massa óssea e, consequentemente, da osteoporose.

“A suplementação com creatina beneficia o desempenho em exercícios de alta intensidade. Por exemplo, musculação e corrida. Assim, otimiza a capacidade do corpo de gerar energia durante os treinos”, conta Larissa. “Isso se traduz em mais força, resistência e explosão muscular, potencializando os resultados das atividades físicas”, complementa.

Além da creatina, outras medidas também podem ajudar as mulheres na pós-menopausa a manterem uma melhor saúde muscular e óssea, como exercícios físicos regulares e uma dieta rica em cálcio e vitamina D, nutrientes essenciais para a saúde óssea.

Larissa também recomenda evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, já que esses hábitos prejudicam a saúde dos ossos e dos músculos. “Ao combinar essas medidas com a suplementação de creatina, quando indicada, as mulheres na pós-menopausa podem ter melhor qualidade de vida e envelhecer de forma saudável”, ressalta a médica.

Fonte: Dra. Larissa Raso Hammes, ginecologista e obstetra do Instituto GRIS.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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