Cloasma gravídico: o que é, como identificar e porque aparece
O cloasma gravídico é o nome dado ao melasma, conhecido como um distúrbio de pigmentação da pele que ocorre, principalmente, em decorrência da gestação. As manchas escuras, caracterizadas por coloração acastanhada, formato irregular e limites bem demarcados, surgem em áreas do rosto, especialmente nas regiões da testa, bochechas e buço, e em outros lugares do corpo, como colo, pescoço e antebraços.
Segundo a Academia Americana de Dermatologia, a alta carga hormonal decorrente da gestação é a principal responsável pelo aparecimento do cloasma gravídico. Geralmente, as manchas escuras se manifestam até três meses após o parto.
Para a Dra. Emybleia Amedi, médica ginecologista e obstetra, preceptora da residência médica e obstetrícia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, a elevação dos hormônios – principalmente a alta concentração do estrogênio e da progesterona durante o primeiro trimestre na gravidez – aliada à exposição solar e à predisposição genética, colaboram para o surgimento do cloasma gravídico.
Diferenças entre cloasma gravídico e melasma
Há diversos tipos de melasma: epidérmico, quando há uma hiperpigmentação na camada mais superficial da pele; dérmico, caracterizado pelo depósito de melanina ao redor dos vasos, e misto, quando há excesso de pigmentação na epiderme, na derme e em outras regiões.
Por outro lado, o cloasma gravídico é considerado um tipo de melasma que surge apenas em decorrência da gravidez e acomete mais o rosto. Dessa forma, os demais tipos são caracterizados por manchas escuras e são causados normalmente por exposição solar e podem aparecer tardiamente. “No caso do melasma que não tem relação com a gravidez, as manchas não têm formato específico, são grandes e geralmente surgem no colo, rosto e nas mãos. São mais comuns, especialmente, em pessoas idosas”, esclarece a ginecologista.
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Como tratar melasmas
Tanto o cloasma gravídico como os melasmas não têm cura, mas é possível controlá-los por meio de tratamentos adequados. “Durante a gestação, podem ser utilizados tratamentos tópicos, como cremes clareadores, vitamina C e alguns peelings físicos e até mesmo ácidos, conforme orientação médica. Após o parto, é possível se submeter a sessões de laser, entre outras opções terapêuticas. Vale reforçar que todo tratamento deve ser acompanhado por médicos dermatologistas”, recomenda a Dra. Emybleia.
De acordo com a especialista, independentemente da escolha do tratamento, é importante fazer uso diário de protetor solar – até mesmo na presença de luzes artificiais – para prevenir ou amenizar os efeitos dos melasmas.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta ainda que, além de aplicar um filtro solar potente, físico e químico, preferencialmente com FPS alto contra os raios ultravioleta A (UVA) e ultravioleta B (UVB), outra medida importante é a reaplicação do filtro solar a cada duas horas, além de utilizar roupas, chapéus, bonés, óculos escuros, sombrinhas e guarda-sóis durante a exposição solar.
Fonte: Dra. Emybleia Amedi, médica ginecologista e obstetra, preceptora da residência médica de ginecologia e obstetrícia do hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.