Caxumba: sintomas, transmissão, tratamento e prevenção
Também chamada de papeira, a caxumba é uma infecção mais comum em crianças, mas pode atingir pessoas de qualquer idade. Ela causa bastante incômodo, mas a maioria dos casos costuma ser benigna. A seguir, saiba mais sobre a doença.
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O que é e o que causa a caxumba?
A caxumba é uma doença infecciosa causada pelo vírus paramyxovirus da classe rubulavirus, que pode atacar qualquer glândula do corpo. Principalmente as localizadas perto do ouvido e as parótidas, que são as maiores glândulas que produzem saliva. Como resultado, a pessoa fica com o pescoço bem inchado, dolorido e com dificuldade para engolir.
Sintomas
Além do aumento das glândulas salivares e do volume da região do pescoço, a caxumba costuma provocar febre, dor de cabeça e fadiga. Essa indisposição geral causa perda de apetite, pois a pessoa também sente dor ao engolir e mastigar. A princípio, a infecção pode afetar apenas as glândulas de um só lado ou ambos.
Diagnóstico
A princípio, a descoberta da caxumba é clínica. O médico observa o inchaço típico da infecção, mas solicita um exame de sangue específico para identificar o vírus e confirmar a suspeita.
Tratamento da caxumba
Por ser uma infecção viral, o próprio organismo consegue combatê-la. Porém, é importante manter a hidratação e a alimentação para reforçar a imunidade nesse processo, além de repouso. Para amenizar os desconfortos, o médico pode prescrever medicamentos para febre e dor.
Perguntas frequentes
Como se contrai a caxumba?
Por ser uma infecção viral, a transmissão da caxumba se dá pelo ar ou pelo contato com pessoas infectadas. Desde o contato direto com a saliva de pacientes até pela disseminação de gotículas no ar (ao tossir, espirrar ou falar) ou, de forma menos comum, com objetos contaminados é o suficiente para contrair a doença.
É possível que os sintomas levem de 12 a 25 dias para se manifestar. Contudo, a transmissão pode ocorrer até uma semana antes da manifestação clínica e até nove após o aparecimento dos sintomas.
Quem pode ter caxumba?
O problema é mais comum em crianças, mas pode afetar as vias respiratórias e a audição, especialmente nessa faixa etária. Também é possível, independente da idade, que a doença seja assintomática. Dessa maneira, uma vez curada, a pessoa ganha imunidade vitalícia contra o vírus da caxumba.
A caxumba pode ser grave?
Em geral, a pessoa se recupera em até duas semanas sem grandes complicações. No entanto, há casos em que sintomas mais graves podem surgir. Os principais são meningite, encefalite e pancreatite. Tratam-se de inflamações que podem afetar diferentes partes do organismo, do sistema digestivo ao nervoso. Em homens, ainda pode haver orquite (inflamação nos testículos) e nas mulheres mastite ou ooforite (inflamação do tecido mamário e ovários, respectivamente). Outro alerta é para mulheres gestantes, especialmente no primeiro trimestre de gestação: a caxumba pode provocar um aborto espontâneo. Por isso, é importante o acompanhamento médico na recuperação e a procura por atendimento ao notar novos sintomas.
Existe vacina contra a caxumba?
Desde os anos 1970 a vacina contra a caxumba está disponível. O imunizante, inclusive, foi um dos mais rápidos a serem produzidos, tendo sido criado pelo “pai das vacinas modernas”, o microbiólogo Maurice Hilleman. Quando tomamos a tríplice viral, a proteção não é exclusiva para a caxumba, mas também contra o sarampo e a rubéola. A vacina está disponível no SUS e pode ser tomada a partir dos 12 meses de vida, com um reforço aos 15 meses. No caso de adultos (com exceção de mulheres gestantes), se não tomaram ou não se lembram, também é possível receber as duas doses, com um intervalo de um ou dois meses entre elas.
É possível prevenir a infecção de outras formas?
Além da vacina, também vale manter cuidados básicos de higiene, como não compartilhar objetos de uso pessoal, cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar e lavar as mãos. Ambientes compartilhados devem ser bem ventilados e pessoas infectadas precisam ficar isoladas por, pelo menos, 10 dias.
Fontes: Hospital Albert Einstein, Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde do DF.