Câncer de pele: pinta pode ser lesão grave?

Saúde
29 de Dezembro, 2021
Câncer de pele: pinta pode ser lesão grave?

Quando células anormais da pele passam a se multiplicar sem controle, formam-se os tumores, ou o câncer de pele. No entanto, diferenciar um câncer de pele de uma pinta nem sempre é simples. Mas a importância dessa identificação é significativa.

O câncer de pele é o mais frequente no mundo, e o de maior incidência no Brasil. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam que cerca de 33% de todos os tumores malignos diagnosticados no país sejam de neoplasias localizadas na pele. Além disso, com uma média de mais de 180 mil novos casos registrados todos os anos.

Leia também: Mitos e verdades sobre sol e câncer de pele

Tipos e subtipos de câncer de pele

O tipo mais comum de câncer de pele é o chamado de não melanoma. Ele aparece tanto em homens como em mulheres e possui uma baixa taxa de mortalidade. Contudo, se não for tratado adequadamente, pode deixar mutilações expressivas no paciente.

O câncer de pele não melanoma se divide em dois subtipos:

  • Carcinoma basocelular (CBC): é o mais comum e surge nas células basais (localizadas na camada mais profunda da pele). Raramente apresenta metástase. É mais frequente em áreas expostas ao sol como rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas.
  • Carcinoma espinocelular (CEC): se manifesta nas células das camadas superiores da pele e pode surgir em qualquer parte do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol. O CEC é um pouco mais perigoso e pode apresentar metástase.

Já o câncer de pele do tipo melanoma tem origem nos melanócitos (células da pele que produzem melanina e dão a cor ao tecido). Ele costuma acometer mais adultos brancos. Dessa forma, é o tipo mais agressivo de câncer de pele e tem alta letalidade devido ao alto risco de se espalhar para outros órgãos do corpo. Costuma ser raro, correspondendo a apenas 3% dos casos diagnosticados.

De acordo com o médico dermatologista Renato Pazzini, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e do corpo clínico dos Hospitais Albert Einstein e Oswaldo Cruz, alguns parâmetros são observados para se identificar uma lesão do tipo melanoma. “Seguimos a regra chamada de ‘ABCD’, que significa observar a presença ou não de assimetria, bordas irregulares, coloração múltipla e diâmetro maior do que 5 mm”, afirma.

Atenção às pintas tardias

A principal causa para o surgimento de todos os tipos de câncer de pele é a exposição excessiva ao sol – mas ela não é a única. Exposição a agentes químicos, feridas crônicas e a genética familiar são fatores que também podem desencadear o problema.

Pazzini lembra ainda que é importante ficar atento se uma pinta surgir após os 45 anos, sobretudo porque elas podem se confundir com o câncer de pele. “Não é normal surgir novas lesões após essa idade”, alerta. Se a lesão aparece como uma bolinha que vai crescendo e vira uma ferida que nunca cicatriza completamente; ou ainda que apresente coloração variada ou bordas irregulares, ela se torna uma lesão suspeita.

Muitas vezes, o câncer surge como um pequeno ponto que passa desapercebido pela pessoa. Por isso, é importante fazer um exame dermatológico anual. Especialmente se há outros casos na família ou se o indivíduo já apresentou lesões cancerígenas anteriormente. Porém, neste caso, o acompanhamento é feito em intervalos menores, a cada três ou seis meses.

O diagnóstico do problema é realizado a partir de um exame clínico da pinta, que irá diferenciá-la do câncer de pele. “Utilizamos um aparelho para aumentar a imagem e, se houver uma suspeita forte, removemos a lesão e encaminhamos para o laboratório para análise”, explica o médico.

Para todos os tipos de câncer, o tratamento recomendado é cirúrgico – com a remoção da lesão – e considerado curativo na maioria dos casos. No entanto, quando é observada metástase, são necessárias sessões de quimioterapia ou imunoterapia.

Como se prevenir do câncer de pele?

Como o câncer de pele está muito associado ao sol, a principal forma de prevenir o problema é evitar se expor nos horários em que a radiação ultravioleta – responsável por provocar as mutações no DNA das células da pele – está mais intensa, entre 10h e 16h.

É importante também sempre fazer uso de filtro solar. Lembre-se de utilizá-lo nas áreas do corpo que ficam mais vulneráveis no dia a dia, como rosto, braços, pescoço e pernas.

O câncer de pele aparece com mais frequência em indivíduos idosos. Isso porque é o momento em que os danos acumulados pela exposição solar de toda uma vida começam a provocar lesões. “Quem tem a pele clara, que fica vermelha facilmente e até faz bolhas, e se queimou de forma intermitente nas férias e passeios da infância e juventude, tem mais risco de apresentar o problema na velhice pois os danos são cumulativos”, alerta o especialista.

Nesses casos, é recomendado que se faça um exame dermatológico regular – como um check-up – para garantir que qualquer lesão suspeita seja removida e tratada de forma precoce.

(Fonte: Agência Einstein)

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