Calázio no olho: o que é, sintomas, causas e tratamento
O calázio no olho é provocado pela inflamação da glândula de Meibômio, localizada na pálpebra. Diferentemente do terçol, não é produzido por bactérias. O aparecimento frequente de calázios pode ser indicativo de algum defeito de refração do olho (como miopia, hipermetropia e astigmatismo) e deve ser avaliado por um médico oftalmologista.
Embora muitas pessoas confundam o calázio no olho com o famoso terçol, vale destacar que as condições não são iguais. “Terçol é a inflamação aguda das glândulas pálpebrais, enquanto o calázio é a inflamação crônica, ou seja, a inflamação do terçol que cronificou, gerando fibrose e um nódulo no local”, explica a Dra. Ione Alexim, oftalmologista.
Leia mais: Meibomite: conheça as causas e tratamentos para o terçol
As causas de calázio no olho?
A princípio, a causa para o surgimento do calázio no olho é uma inflamação de glândulas localizadas próximas à borda dos cílios. No entanto, pode acometer glândulas mais externas às pálpebras, denominadas Zeiss e Moll, ou mais internas, denominadas de glândulas de Meiobomios.
Quais são os sintomas?
Em geral, o calázio no olho apresenta-se como um nódulo bem definido, indolor, visível ou palpável na pálpebra com crescimento gradual. Entretanto, em alguns casos, pode causar edema, eritema e dor palpebral. Ocasionalmente, um calázio maior na pálpebra superior pode pressionar a córnea, induzir astigmatismo e causar visão borrada. “O principal sintoma é a presença de nódulo na região da pálpebra associada a incômodo local”, completa a oftalmologista.
Como diagnosticar?
Através da avaliação oftalmológica, quando o médico classificará quais glândulas foram acometidas e se o processo inflamatório ainda é passível de tratamento clínico com o uso de compressas mornas, pomada, colírio ou somente cirúrgico, que é o mais usual.
Como é o tratamento do calázio no olho?
Nem sempre o tratamento para calázio no olho é necessário, já que pelo menos um terço deles desaparece espontaneamente. No entanto, algumas soluções podem ajudar. Assim, fazer compressas quentes durante cinco a dez minutos, duas ou três vezes ao dia, com massagem suave sobre a lesão, pode ser útil para acelerar a resolução. Em lesões persistentes, sem melhora clínica, o paciente pode optar pela remoção cirúrgica.
Porém, quando a lesão se situa próxima ao ponto lacrimal, devido ao risco de lesão cirúrgica do mesmo, é preferível realizar a injeção de esteroides no local. A taxa de sucesso é de cerca de 80%, e em casos não responsivos, uma segunda injeção pode ser aplicada.
É possível prevenir?
De acordo com a oftalmologista, a principal forma de prevenir o calázio no olho é realizar a limpeza da borda palpebral. “A higiene das pálpebras e cílios deve ser realizada através do uso de shampoo neutro, além de água abundante ou outro produto específico para a higiene dos olhos. A limpeza deve ser realizada de 1 a 2 vezes por dia”, completa.
Fonte: Dra. Ione Alexim, oftalmologista do Instituto de Ciências Neurológicas (ICNE).