Brazilian Butt Lift (BBL): os riscos de ter um bumbum redondinho
Você sabia que o Brasil é um dos países com os maiores índices de cirurgias plásticas do mundo? Inclusive, existem procedimentos que até ganharam o nosso nome: é o caso do Brazilian Butt Lift (BBL).
Esse procedimento se tornou polêmico por conta das complicações que pode causar – em especial, a embolia gordurosa, que pode levar à morte. É por isso que os médicos, tanto brasileiros quanto de fora do país, reforçam a recomendação de que esse procedimento precisa ser feito em ambiente hospitalar por médicos capacitados.
O nome desta cirurgia é meramente ilustrativo. O BBL não necessariamente foi criado aqui, mas usa como referência o corpo da mulher brasileira, que naturalmente tem um bumbum mais redondo e empinado.
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O que é o Brazilian Butt Lift?
“Essa técnica consiste em realizar lipoaspiração das regiões ao redor dos glúteos (flancos, região sacras e culotes) que formam a ‘moldura’ do bumbum e enxertar a gordura na região glútea, de forma a deixá-lo bem arredondado”, explica a Dra. Tatiana Moura, cirurgiã plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
O procedimento costuma ser indicado para pacientes que, de fato, desejam o bumbum redondinho e que aceitem fazer a lipoaspiração para obtenção da gordura que será enxertada.
Quais os riscos da BBL?
De acordo com a médica, os riscos que a Brazilian Butt Lift oferece são os mesmos de qualquer cirurgia. Ou seja: reações às anestesias, tromboses, alergias, sangramentos e infecções.
“O risco relacionado a esse tipo de técnica, especificamente, é a embolia gordurosa, que, apesar de muito rara, pode levar a evolução desfavorável”, explica. “Este risco é proporcional à quantidade de gordura injetada e a técnica de enxertia aplicada.”
Na embolia gordurosa, o que acontece é que a gordura injetada na região, rica em vasos sanguíneos, e feita, de preferência, dentro do músculo, pode cair na corrente sanguínea e alcançar o pulmão. Assim, o resultado são casos graves de insuficiência respiratória e, em última instância, morte.
Existe outra técnica considerada mais segura: a aplicação do enxerto acima do músculo. Porém, ela deve ser feita por um médico capacitado em ambiente hospitalar.
Como funciona o pós-operatório?
O pós-operatório pode oferecer alguns riscos, como as assimetrias devido à absorção de gordura. Esse, no entanto, é um efeito que não está sob controle dos médicos – mas depende do organismo de cada um.
“Nos casos de assimetrias, podemos corrigir com uma nova enxertia quando possível, ou com outros volumizadores como o ácido hialurônico e o ácido polilático”, finaliza.
Fonte: Dra. Tatiana Moura, cirurgiã plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Referência: https://g1.globo.com