Bexiga Hiperativa: entenda a condição que causa urgência urinária
Quem nunca deu uma risada empolgada em que há escape de urina, não é mesmo? Apesar de ser comum, quando há sintomas frequentes de perda, aquela vontade incontrolável de urinar – principalmente à noite – o indicado é procurar um urologista, já que pode indicar uma doença: a bexiga hiperativa. Entenda mais sobre essa condição urológica.
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O que é a bexiga hiperativa?
O problema é caracterizado pela urgência urinária, ou seja, aquela vontade incontrolável de fazer xixi, mas não obrigatoriamente com escape.
Pode causar, então, perda de urina, que pode ser observada nas roupas íntimas pela mancha e odor. Além disso, aumenta a frequência urinária, sobretudo à noite.
A bexiga hiperativa afeta cerca de 17% da população adulta de ambos os sexos. Pode acontecer tanto em homens quanto em mulheres, mas é mais frequente em idosos.
Causas da urgência urinária
As causas da bexiga hiperativa ainda são desconhecidas, mas provavelmente tem origem em vários fatores diferentes, incluindo:
Doenças que afetam o sistema nervoso, como: a esclerose múltipla, doença de parkinson, doença vascular cerebral e o Alzheimer;
Questões físicas, como a obstrução vesical (da bexiga), o prolapso genital, alguma anormalidade nos receptores vesicais, fraqueza nos músculos do assoalho pélvico;
Fatores comportamentais, como o consumo de bebidas ricas em cafeína, por exemplo.
Além disso, fatores de risco comumente associados à doença incluem pessoas:
- Brancas;
- Com diabetes insulinodependente;
- Com depressão;
- Idosos acima de 75 anos;
- Com artrite;
- Que fazem terapia de reposição hormonal oral;
- Com IMC (índice de massa corpórea) alto;
- Mudanças fisiológicas associadas ao envelhecimento, como a diminuição da capacidade da bexiga e as alterações no tônus muscular também favorecem o desenvolvimento da bexiga hiperativa.
Tipos de urgência urinária
Há dois tipos de perda urinária. Uma delas, caraterística do quadro de bexiga hiperativa, é a urgência em urinar, de parecer que não é possível segurar. Pode acontecer de haver este escape quando há algum esforço, como tosse e espirro. Elas podem aparecer separadas ou juntas. De qualquer forma, ao observar essas situações, procure um especialista pois para cada um há um tratamento diferente. Mas vale lembrar que perder de vez em quando, isoladamente, não precisa ser motivo de preocupação. Com frequência, causando desconforto e afetando a qualidade de vida, não tem porque não procurar ajuda.
Sintomas da bexiga hiperativa
Na prática, os sintomas físicos ocasionados pela bexiga hiperativa estão associados à urgência urinária, acompanhada ou não de incontinência, e aumento compulsivo na frequência de idas ao banheiro, manhã, tarde e durante à noite, fugindo dos parâmetros normais.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, pode, ainda, causar impactos comportamentais na vida do paciente. Receio, isolamento social, desistência de participar de viagens de grupos, comprometimento do sono e retração sexual são alguns deles.
Diagnóstico
Para o diagnóstico, é importante que o urologista conheça a história clínica do paciente, solicitando exames físicos e de urina ou pedir exames complementares.
Além disso, é importante avaliar se os sintomas são consistentes com a bexiga hiperativa e afastar condições metabólicas e outras doenças que podem confundir o real quadro clínico, eliminando demais possíveis causas de frequência, urgência e incontinência urinária.
Tratamento da bexiga hiperativa
A bexiga hiperativa não tem cura, mas dá para melhorar a qualidade de vida. Praticar atividade física para controlar ansiedade e estresse é indicado. Terapia também é bem-vinda. Além disso, sessões de fisioterapia para fortalecer medicações ajudam no controle da urina.
Nesse sentido, o tratamento é realizado em três etapas, que envolvem estratégias de controle da ingestão de líquidos, treinamento do assoalho pélvico e administração de medicamentos.
É possível prevenir a doença?
Medidas preventivas contribuem para evitar o surgimento da doença:
- Ter hábitos de vida saudável;
- Controlar o peso;
- Evitar o tabagismo;
- Diminuir o consumo de bebidas alcoólicas;
- Evitar a ingestão de cafeína.
Referência: Sociedade Brasileira de Urologia.