Autoteste de Covid-19 nos olhos: conheça os riscos e saiba usar corretamente

Saúde
21 de Março, 2022
Autoteste de Covid-19 nos olhos: conheça os riscos e saiba usar corretamente

Na última sexta, a Food & Drugs Administration (FDA) alertou para uma prática um tanto inesperada. Algumas pessoas estão aplicando o autoteste de Covid-19 nos olhos, principalmente por desconhecerem a forma de coletar o material para o exame. Porém, a falta de informação pode, literalmente, custar os olhos da cara.

Embora não tenham sido registradas ocorrências graves relacionadas ao autoteste de Covid-19 nos olhos, instilar um componente sem orientação médica pode causar problemas. Afinal, a solução do autoteste contém ingredientes perigosos se forem mal utilizados, como azida de sódio. “Os produtos químicos do teste podem causar irritação ou serem tóxicos se entrarem em contato com a pele, nariz ou olhos ou se forem ingeridos”, reforça a FDA. Além disso, o órgão reiterou que os autotestes de Covid-19 devem permanecer fora do alcance de crianças e pets.

Veja também: Trombose e Covid-19: como o vírus compromete a circulação

Por que as pessoas estão aplicando o autoteste de forma inadequada?

A principal razão é falta de atenção e informação por não consultarem a bula. Por isso, o deslize de confundir a solução com um colírio pode ser comum, além de outro equívocos:

  • Pessoas colocaram o swab (cotonete para a coleta nasal) em contato com a solução e depois em contato com o nariz ou a boca. O correto é coletar a amostra primeiro.
  • Sem a presença de responsáveis, crianças colocaram as peças do kit do autoteste na boca e até engoliram a solução.

Como funciona o autoteste de Covid-19

autoteste é similar ao teste rápido, mas pode ser feito em casa, por qualquer pessoa. Dessa forma, o kit contém um dispositivo de teste, tampão de extração, filtro e o swab.

A princípio, o procedimento é semelhante ao realizado por profissionais em laboratórios: após inserir o swab (cotonete estéril) na cavidade nasal, deve-se mergulhá-lo na solução contida no tubo plástico para que partes do material sejam misturadas ao líquido. Na sequência, deve-se gotejá-lo no orifício do dispositivo de teste.

Caso se formem duas linhas vermelhas, uma na região T (teste) e outra na C (controle), significará que foram detectadas partículas do vírus na amostra. Ou seja, que o resultado é positivo. Porém, se aparecer apenas uma linha vermelhas na região C, o resultado é negativo. Importante: indivíduos com baixa carga viral podem levar à formação de linha vermelha na região T de cor fraca (muito clara). Neste caso, deve-se considerar o resultado positivo. O resultado fica pronto em até 15 minutos.

Fonte: Foods & Drug Administration (FDA).

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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