Artrite psoriásica: Kim Kardashian desenvolveu condição após dieta radical
A psoríase é uma doença de pele crônica que causa lesões avermelhadas e escamosas, sobretudo nos joelhos, cotovelos e couro cabeludo. Quem possui a condição pode, ainda, desenvolver a artrite psoriásica. Mais rara, esse tipo combina dois distúrbios, que são a artrite e a psoríase. A condição atinge, principalmente, pessoas brancas, com maior sensibilidade dérmica (tanto homens quanto mulheres). De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a artrite psoriásica causa os sintomas de ambas as doenças, e geralmente, a psoríase se manifesta antes dos primeiros sinais de artrite. A condição atinge cerca de 30% das pessoas que possuem psoríase.
Recentemente, Kim Kardashian revelou à revista Allure que desenvolveu artrite psoriásica durante uma dieta radical à qual se submeteu para participar do Met Gala 2022. Kim, que já sofre de psoríase, viu a doença se agravar nas três semanas que antecederam o baile de gala, quando perdeu 7 kg. Segundo a empresária, seu corpo teve um surto de psoríase que levou à artrite psoriásica, causando dores, rigidez e inchaços nas articulações.
“A psoríase se espalhou pelo meu corpo e eu tive artrite psoriásica, então não conseguia mover minhas mãos. Eu estava surtando! Foi muito doloroso e eu tive que ir a um reumatologista que me receitou um esteróide”, completou.
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Sintomas da artrite psoriásica
Os sintomas de artrite psoriásica incluem inflamação nas juntas e dor contínua, inchaço e rigidez na coluna, dor à noite, rigidez e dor nos tendões, além de dor e inchaço atrás e debaixo do calcanhar. Como consequência, ao longo do tempo, o paciente é acometido com limitação dos movimentos.
Depressão, hemorragias debaixo da unha, espessamento da unha e até mesmo sua destruição completa (onicólise) são lesões comuns nos pacientes com artrite psoriásica, estando associadas ao acometimento das articulações interfalangeanas distais (pequenas articulações dos dedos próximas às unhas).
Tratamento
Sem tratamento, a artrite psoriásica pode evoluir para deformidades irreversíveis, por isso ele é fundamental. Entretanto, como ele será feito depende das estruturas acometidas em cada paciente. Assim, deve-se avaliar a presença de acometimento articular axial (coluna vertebral) e periférico (articulações de braços e pernas), além da presença de dactilites (inflamação de todo o dedo), entesites (inflamação das entradas de tendões e ligamentos nos ossos) e lesões nas unhas.
O tratamento é feito inicialmente pelo uso de anti-inflamatórios não-hormonais e drogas remissivas de doença. Nos casos em que não há melhora com ao tratamento convencional e nos casos moderados a graves, o uso dos agentes biológicos pode ser necessário.
“Hábitos de vida que podem ajudar na doença são: fazer atividade física, seguir uma alimentação anti-inflamatória (isto é, uma dieta rica em verduras, legumes, dieta sem glúten e proteína do leite), não fumar e cuidar da saúde psicológica”, explica a dermatologista Clessya Rocha,
Contar com o acompanhamento médico para esse tratamento é vital, já que a doença pode gerar complicações como a tendinite de Aquiles (ou na sola do pé), também conhecida com fascite plantar, espondilite (que é a inflamação das articulações entre a coluna e a pelve) e deformidade das unhas.
Referências: Sociedade Brasileira de Reumatologia, Fiocruz e Clessya Rocha, médica dermatologista.