Anomalia de Ebstein: filha de Juliano Cazarré passa por 4ª cirurgia

Gravidez e maternidade Saúde
22 de Junho, 2022
Anomalia de Ebstein: filha de Juliano Cazarré passa por 4ª cirurgia

Em junho, por meio de uma postagem no Instagram, o ator Juliano Cazarré anunciou que a sua filha Maria Guilhermina, fruto do relacionamento com Letícia Cazarré, chegou ao mundo. No entanto, além de contar sobre o nascimento da pequena, o artista revelou que ela nasceu com uma cardiopatia congênita chamada Anomalia de Ebstein. Nesta terça-feira (27), a pequena passa pela quarta intervenção cirúrgica devido à condição.

“Hoje, nossa pequena Maria Guilhermina vai passar pela cirurgia que nós tanto esperávamos, a do cone. Ela nasceu em uma terça-feira de manhã e, se Deus quiser, será curada nesta terça-feira de manhã. Três meses se passaram desde que ela chegou ao mundo e passou pela primeira cirurgia. Três vezes nos despedimos dela a caminho do centro cirúrgico…”, relatou Letícia no Instagram. Até o fechamento desta matéria, os pais não fizeram atualizações sobre as condições de saúde da pequena.

Vale lembrar que, de acordo com o ator que está dando vida ao personagem Alcides, na nova versão da novela “Pantanal”, diagnosticou-se a condição rara ainda nos exames pré-natais da filha. “Ao longo da gestação, os médicos perceberam que o caso dela seria um dos mais raros e graves dentro da anomalia. Por isso, decidimos vir para São Paulo para que ela pudesse nascer com a equipe mais especializada”, escreveu Juliano na época.

Leia mais: Cardiopatia congênita: o que é, tipos, sintomas e diagnóstico

Mas afinal, o que é a Anomalia de Ebstein?

A Anomalia de Ebstein é uma rara cardiopatia congênita que atinge um a cada 10 mil bebês entre meninos e meninas. De acordo com a cirurgiã cardiológica Beatriz Furlanetto, do Hospital Infantil Sabará, este quadro consiste na má-formação de parte da válvula tricúspide. Ela fica localizada na abertura entre o átrio direito e o ventrículo direito.

“No momento em que o ventrículo direito bombeia o sangue para os pulmões, a válvula tricúspide deve se fechar para impedir que ele retorne para o átrio direito. Nas crianças com Anomalia de Ebstein, um dos componentes desta válvula é aderido a parede do ventrículo direito e não pode se movimentar. Isso causa escape do sangue para o átrio e grande acúmulo do fluxo sanguíneo”, detalha a médica.

Dessa forma, a doença resulta em insuficiência cardíaca congestiva, com acúmulo de líquido nos pulmões, além de um fluxo sanguíneo arterial (sangue oxigenado) insuficiente no organismo. Inclusive, este último ocasiona a chamada síndrome de blue baby, que remete ao tom azul-arroxeado da pele do bebê em decorrência desta falta de oxigenação.

As versões mais graves da doença ainda tendem a provocar dilatação exagerada do coração, que passa a ocupar o espaço reservado para os pulmões. Portanto, a condição deixa de ser apenas um problema cardíaco e passa a ser um acometimento coração-pulmão.

Por fim, ainda de acordo com a cirurgiã cardiológica, o tratamento da grande maioria dos casos é cirúrgico. “A intervenção cirúrgica pode ser necessária no período neonatal ou quando aparecem os sintomas decorrentes do mau funcionamento da válvula tricúspide”, finaliza a especialista.

Fonte: Hospital Infantil Sabará

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