Angina: o que é, causas, sintomas e tratamentos

Saúde
05 de Junho, 2024
Bárbara Shibuya Alves
Revisado por
Enfermeira • Coren-SP 752311
Angina: o que é, causas, sintomas e tratamentos

Angina é uma manifestação clínica: significa dor. No caso do coração, chamamos angina de peito. É uma dor na região do coração, em geral associada a esforços físicos, acompanhada às vezes de suor e náuseas ou falta de ar e que melhoram com o repouso, com suspender o esforço. Em geral, dura de 3 a 5 minutos. Entenda mais sobre esse sintoma e quais são os riscos associados à saúde.

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Quais são as causas da angina?

De acordo com o Dr. Claudio Catharina, cardiologista do Hospital Icaraí, a causa da angina é um desbalanço entre a oferta de oxigênio que vai pelo sangue das artérias do coração (as coronárias) e o consumo do oxigênio pelo músculo cardíaco.

Isso acontece por entupimento das artérias coronárias ou por doenças que aumentam a tensão da parede do coração. Por exemplo, hipertrofia do miocárdio, aumento do tamanho cardíaco, doenças de válvulas, ou até mesmo por anemia grave ou falta de oxigenação pelos pulmões, como o enfisema pulmonar.

A angina instável é uma característica muito comum da doença coronariana. Uma artéria que tinha uma obstrução de 70% de sua luz levando a dor no peito (angina) aos esforços grandes, passa a apresentar piora das dores de forma mais frequente, por conta de aceleração da obstrução. Isso ocorre por instabilidade da placa obstrutiva, em geral uma fissura da placa com trombose e até espasmo.

Como diagnosticar?

O diagnóstico da angina é fundamentalmente clínico, isto é, ocorre por meio da história e do exame clínico. Além disso, o eletrocardiograma e o ecocardiograma podem ser úteis em algumas situações, mas não necessariamente estarão alterados.

Desse modo, o médico procura, diante do quadro suspeito, fazer uma avaliação que envolve muitas variáveis clínicas e laboratoriais para definir se há necessidade ou não de levar a pessoa ao cateterismo cardíaco.

Em alguns casos, especialistas também podem solicitar estudos com cintilografia e ressonância magnética ou até mesmo teste de esforço. No entanto, aponta o especialista, o ideal é evitar exames que irão provocar esforço e estresse do coração, sobretudo em casos instáveis. Isso porque eles podem acelerar o processo e acabar levando a um infarto, que é o último estágio da angina instável.

Por isso, para saber se está com angina é preciso ir ao médico sempre que se apresentarem os sintomas acima descritos. Principalmente, se a pessoa estiver com idade acima de 40 anos, passado na família de infarto e com fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto e tabagismo.

Tratamento da angina

As formas de tratamento irão variar de acordo com cada paciente. Em casos mais simples e de menor risco, apenas o tratamento com medicamentos já é suficiente. Porém, casos mais complexos podem requerer cateterismo cardíaco. Neste caso, o médico define se a melhor opção é uma angioplastia ou pontes de safena. Após o cateterismo, algumas pessoas seguem com o tratamento apenas com medicamentos.

E há os casos em que a angina não tem relação específica com a obstrução das coronárias, e serão individualizados. Por fim, a indicação é procurar o médico na presença de dor no peito aos
esforços, ainda mais, se for associada a cansaço, falta de ar. “A prevenção é o controle dos fatores de risco cardiovascular conhecidos”, finaliza o especialista.

Fonte: Dr. Claudio Catharina, Gestor de Cardiologia da Unidade Coronariana do Hospital Icaraí, em Niterói.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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