Anafilaxia: o que é, sintomas e como tratar

Saúde
16 de Maio, 2022
Anafilaxia: o que é, sintomas e como tratar

O nome é complexo e a situação, mais ainda: a anafilaxia é uma reação grave do organismo a algum fator sensível ao organismo. “Dessa forma, é importante buscar socorro médico rapidamente. Afinal, o quadro pode evoluir para um choque anafilático, com possível disfunção de órgãos que causa a morte por outras complicações”, alerta Alex Lacerda, alergista e imunologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo (SP).

Veja também: Diferenças entre intolerância e alergia alimentar

Causas da anafilaxia

A princípio, as causas mais comuns são:

  • Consumir certos tipos de alimentos.
  • Uso de medicamentos como antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos.
  • Contato com o veneno de insetos como vespas, abelhas e formigas
  • Látex, material presente em luvas, preservativos e equipamentos médicos.

Além disso, alguns indivíduos sofrem com os sinais de anafilaxia após a exposição a um ambiente muito frio ou a uma série intensa de exercício físico, embora sejam raros.

Alimentos que podem causar anafilaxia

Segundo Lacerda, qualquer pessoa pode ter reação a qualquer tipo de alimento. Contudo, alguns são predominantes entre crianças e adultos. Por exemplo:

  • Crianças: ovo, leite, trigo e amendoim são ingredientes que mais provocam anafilaxia nos pequenos.
  • Adultos: são mais sensíveis a peixes, frutos do mar e oleaginosas.

Anafilaxia é a mesma coisa que alergia?

“Muitas pessoas acreditam que a anafilaxia precisa apresentar o edema de glote como sintoma, mas isso não é verdade. Normalmente, o quadro envolve outros fatores que já se caracterizam como anafilaxia”, esclarece o especialista, que lista alguns sintomas que ajudam a identificar a anafilaxia:

Reações dermatológicas e respiratórias

Reações circulatórias

  • Queda brusca da pressão arterial.
  • Fraqueza súbita.
  • Aumento da frequência cardíaca.
  • Desmaio.

Sinais gastrointestinais

  • Dor abdominal intensa.
  • Vômitos e náuseas.

Nem todos os sintomas acima ocorrem simultaneamente. De acordo com Lacerda, é mais comum ter reações da pele e da respiração associadas a um outro sintoma circulatório ou gastrointestinal. Ou seja, a vítima pode ter inchaço na pele e urticária com queda de pressão arterial.

Mas o que é o choque anafilático?

Provavelmente você já ouviu esse termo, que basicamente é o estágio mais grave da anafilaxia. Mas vale dizer que uma crise de hiperssensibilidade alérgica pode acontecer de segundos a uma hora depois da exposição à substância. Portanto, as complicações ocorrem na mesma velocidade e são potencialmente fatais, como insuficiência renal ou parada cardíaca.

Tratamento

Já sabemos que a ida emergencial ao pronto-socorro é uma regra. Outra recomendação é não se automedicar — a não ser que haja uma prescrição prévia, devido a um histórico anterior de anafilaxia. Já o tratamento tem como principal ativo a injeção de adrenalina ou epinefrina. “Antialérgicos e outros medicamentos não irão tratar a anafilaxia em si, mas amenizam o inchaço da pele e urticárias, por exemplo. Apenas a adrenalina pode salvar a vida de uma pessoa em estado anafilático. Por essa razão, é recomendada para quem já teve anafilaxia, embora o Brasil não comercialize a versão autoinjetável”, acrescenta o médico.

Como se prevenir

Antes de mais nada, evite situações, alimentos e produtos que provocam a hiperssensibilidade aguda. Entretanto, a maioria das pessoas só descobre o problema após um episódio anafilático, o que impede a prevenção. Em contrapartida, é possível identificar possíveis reações por meio de testes alérgicos. Então, para realizá-los, fale com um médico alergista.

Fonte: Alex Lacerda, alergista e imunologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo; referência: BVSMS.

Sobre o autor

Amanda Preto
Jornalista especializada em saúde, bem-estar, movimento e professora de yoga há 10 anos.

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