Importância da amplitude nos exercícios

Provavelmente você já ouviu falar sobre amplitude nos exercícios, um dos temas mais discutidos no mundo da musculação. Mas o que significa isso? Continue lendo para entender!

De acordo com Bianca Pichirilli, educadora física da Vitat, dentro da musculação, há diversas variáveis que interferem diretamente no estímulo dado aos músculos e ao organismo. Dessa forma, a amplitude de movimento (ADM), é uma delas. “Treinos com pouca amplitude não geram tantos estímulos ideais para ganhos de massa magra, e colocam as articulações em um trabalho menos eficiente”, explica.

Por que é importante ter amplitude nos exercícios?

A amplitude de movimento é definida como o grau (deslocamento) que uma articulação é capaz de produzir, com segurança e sem danos teciduais às articulações.

Ou seja, é o movimento máximo que uma articulação é capaz de realizar sem prejuízos e com segurança. “Por exemplo, com a articulação do Joelho: a amplitude de movimento é a extensão e flexão completa dele durante os movimentos. Imagine um exercício como o agachamento ou na máquina legpress. A amplitude ideal é uma flexão entre 40º a 45º graus, seguida de uma extensão completa”, afirma Bianca.

Leia também: Treino de flexibilidade da Gracyanne Barbosa: para que serve?

Mas vale ressaltar que a amplitude é importante em qualquer exercício de musculação, não só para os treino de inferiores. “De nada adianta usar uma carga elevada se ela te impede de realizar o movimento com amplitude. Se o movimento ficou ‘curto’, significa que você deve reduzir a carga”, diz. “Melhorar a qualidade do seu movimento também é uma maneira de progredir no treino”, complementa a especialista. 

Como aumentar a amplitude nos exercícios de musculação?

Agora que você sabe o que significa amplitude de movimento e quais são os seus benefícios, está na hora de colocá-la em prática.

Segundo a educadora física, a amplitude deve ser utilizada independente do objetivo – seja para ganhar massa ou emagrecer. Assim, para melhorá-la, siga esses três passos:

1. Coordenação e controle do movimento: primeiro aprenda o movimento e, em seguida, inclua cargas;
2. Flexibilidade adequada dos músculos que estabilizam as articulações: alongamentos diários no final do treino;
3. Mobilidade articular: exercícios de mobilidade, antes de começar a musculação.

Mobilidade articular 

A mobilidade articular é essencial para ter uma boa amplitude. Assim, o termo refere-se à capacidade de uma articulação realizar movimentos em sua amplitude total sem desconforto. Portanto, ela envolve a combinação de flexibilidade, estabilidade e controle motor para permitir que as articulações se movam livremente em todas as direções.

No entanto, Bianca lembra que os exercícios de mobilidade são importantes para preparar a articulação para receber estímulos. “Porém, não fique 20 minutos ou mais realizando mobilidade, isso é contraproducente e você perde potencial de força. Dentro do grupo muscular que você irá treinar naquele dia, faça 5 minutos de mobilidade, aí use o primeiro exercício do seu treino como aquecimento, colocando pouquíssimas cargas e fazendo muitas repetições”, finaliza.

Fonte: Bianca Pichirilli, educadora física da Vitat.