Amamentação em livre demanda: entenda o que é e quais são os benefícios
Que o leite materno é altamente nutritivo e positivo para o bebê, você já sabe, né?! Mas, atualmente, outro termo relacionado à alimentação das crianças tem ganhado espaço, é a chamada amamentação em livre demanda. Essa prática consiste em deixar o bebê no comando da alimentação, ou seja, quando, como e onde ele quiser, terá o leite materno à disposição. Continue lendo e entenda como funciona e quais são os benefícios deste tipo de amamentação.
Leia também: Colostro: entenda o que é e qual a sua importância
Como funciona a amamentação em livre demanda?
Fornecer leite materno sempre que o bebê quiser, independente das condições externas que podem ser, aparentemente, fatores de restrição – isso é a amamentação em livre demanda. Ou seja, amamentar dessa forma envolve horários noturnos, ambientes públicos e até mesmo pausas maiores para a amamentação, já que o bebê é que escolhe a hora de parar.
Assim, basta que a criança apresente o mínimo sinal de fome, para que a mãe ofereça o peito e permita que ela mame até se sentir satisfeita. Vale reforçar que alguns bebês são rápidos, levando de 5 a 10 minutos para se sentirem satisfeitos, porém, a velocidade é bem particular e outros bebês podem levar até 40 minutos.
À primeira vista, a prática pode parecer bastante sacrificante, já que os bebês recém-nascidos ainda não estão com o seu relógio ajustado e demandam muita atenção e cuidados durante a noite e pelo dia. De fato, a amamentação em livre demanda não é uma tarefa fácil, mas é altamente recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Quais são os benefícios?
O leite materno por si só já fornece vários benefícios como a proteção de doenças, apoio no desenvolvimento do bebê, prevenção de anemias e fortalecimento do sistema imunológico.
Já a amamentação em livre demanda acrescenta um benefício a mais na conta. Com ela, o bebê aprende a gerenciar a ingestão dos alimentos de acordo com a fome que sente. Essa habilidade o ajuda a evitar os riscos de obesidade infantil anos depois. Nesse sentido, é importante reforçar que, de acordo com o Ministério da Saúde, a obesidade infantil afeta 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos no Brasil. Por isso, adotar a prática da amamentação em livre demanda pode contribuir com a saúde do seu pequeno futuramente.
Além disso, uma pesquisa divulgada recentemente no periódico The Lancet mostrou que a amamentação está associada a uma redução de 13% na probabilidade de sobrepeso e/ou obesidade em crianças, e também a uma queda de 35% na incidência do diabetes tipo 2.
Dicas para amamentar confortavelmente
Com tantos benefícios, a proposta para aderir a amamentação em livre demanda parece ótima, apesar dos desconfortos. No entanto, existem algumas técnicas e práticas que podem ajudar as mamães à atravessarem esse momento com mais tranquilidade e bem estar. Confira a seguir:
1. Preparar a aréola antes da mamada: lave os seios e mamilos somente com água e os seque cuidadosamente após o banho. Garanta o uso de sutiãs adequados e não deixe os seios abafados.
2. Posicione-se de forma adequada para amamentar: certifique-se que a maioria das mamadas sejam oferecidas em ambientes confortáveis. Assim, sente-se com o bebê deitado no colo indicando a pegada correta. Ou seja, o bebê deve abocanhar a aréola, e não só o bico, formando uma espécie de ventosa no seio.
3. Tome sol nos mamilos: essa prática ajudará a prevenir a candidíase mamilar e rachaduras nos mamilos.
4. Massageie os seios: Inicie a massagem com movimentos circulares, o que ajuda a tornar o leite mais fluído, preparando a amamentação do bebê. Caso tenha um mamilo mais endurecido, vale fazer uma ordenha individual pressionando o seio para provocar a decida do leite.
Leia também: Existe leite materno fraco? Especialistas respondem dúvidas sobre amamentação
Referências: Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde.