Alzheimer precoce: o que é, sintomas, causas e tratamento

Saúde
25 de Abril, 2022
Alzheimer precoce: o que é, sintomas, causas e tratamento

Mais de 1 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência no Brasil. Uma delas é o alzheimer precoce. Embora pouco comum, a doença ocorre com pessoas abaixo de 60 anos de idade, geralmente com 40 anos.

De acordo com um estudo sobre Alzheimer publicado em 2005 por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apenas 10% dos casos da doença se manifestam antes dos 65. Porém, dados mais recentes divulgados pela Mayo Clinic, um dos maiores centros hospitalares e de pesquisa dos Estados Unidos, mostram que apenas entre 5% e 6% das pessoas com Alzheimer apresentam sintomas quando são mais jovens. Entenda melhor a condição.

Leia mais: Pipoca de micro-ondas causa Alzheimer? Especialistas explicam

Causas de alzheimer precoce

De acordo com o Dr. Custódio Michailowsky Ribeiro, neurologista do Hospital Albert Sabin, em geral, o alzheimer precoce é uma doença genética. “Acomete muito mais mulheres do que homens. Além disso, é uma doença agressiva, ou seja, evolui muito rapidamente, independente do tratamento”, alerta o especialista.

Sintomas

Pessoas com Alzheimer precoce podem apresentar sintomas atípicos com mais frequência do que quando o início é tardio. A perda significativa de memória, por exemplo, nem sempre aparece entre indivíduos jovens. Por outro lado, estes costumam apresentar os seguintes sinais:

  • Sintomas visuais, como incapacidade de ver uma imagem completa (visão de túnel);
  • Percepção de profundidade prejudicada;
  • Incapacidade de reconhecer rostos;
  • Dificuldades de fala.
  • Esquecimento de datas, eventos e informações importantes ou aprendidas recentemente;
  • Solicitar a mesma informação repetidas vezes;
  • Dificuldade para resolver problemas básicos, como calcular as contas de casa ou seguir uma receita, por exemplo;
  • Perder a noção do tempo;
  • Perder as coisas e não conseguir refazer as etapas para encontrá-las;
  • Mudanças de humor e personalidade.

Diagnóstico e tratamento

Ainda segundo o neurologista, o tratamento do alzheimer precoce é o mesmo indicado para tratar o alzheimer. “Porém, precisa fazer um diagnostico bem feito, pois geralmente são outros tipos de demências que ocorrem abaixo dos 60 anos e que podem ser confundidas com alzheimer precoce”, explica.

Assim, o diagnostico é clínico, ou seja, ocorre a partir de uma avaliação do médico. Além disso, é complementado com exames de imagem, como a ressonância magnética e o exame de liquor, por exemplo. Após diagnosticado, o tratamento tem como objetivo retardar a progressão dos sintomas. Dessa forma, o médico poderá indicar, por exemplo, medicamentos, prática de atividades físicas, alimentação balanceada e treinamento cognitivo. 

É possível prevenir o alzheimer precoce?

Como o alzheimer precoce é uma doença genética, não é possível prevení-la. Por isso, caso haja suspeita da doença de alzheimer precoce, é importante se consultar com um clínico geral ou neurologista para que seja feita uma avaliação clínica, exame físico, realização de testes de memória e solicitação de exames de sangue.

Fonte: Dr. Custodio Michailowsky Ribeiro, Médico Neurologista do Hospital Albert Sabin (SP). CRM- 73303.

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

Leia também:

mulher com pedra na vesícula preparando ovo para comer
Alimentação Bem-estar Saúde

Quem tem pedra na vesícula pode comer ovo?

A coleitíase ocorre quando há o acúmulo de depósitos sólidos na vesícula biliar.

mãos de mulher separando pílulas ao lado de um prato de salada
Bem-estar Saúde

Suplementar estas vitaminas na menopausa ajuda a aliviar sintomas e prevenir complicações

A partir do climatério, o organismo demanda um aporte de nutrientes ampliado. Confira quais são as melhores vitaminas para a menopausa

equipamentos para dieta enteral
Alimentação Bem-estar Saúde

Guia da dieta enteral (alimentação por sonda): tipos, como fazer e cuidados

Entenda a forma de alimentação para pacientes que não conseguem (ou não podem) comer pela boca