Aleitamento prolongado: mãe é julgada por amamentar filho de 2 anos

Gravidez e maternidade Saúde
25 de Outubro, 2022
Aleitamento prolongado: mãe é julgada por amamentar filho de 2 anos

Em entrevista ao Daily Mail, a influenciadora digital Emma O’Donnell dividiu que tem sido criticada devido ao aleitamento prolongado do filho de dois anos. De acordo com a mãe, ela chegou a ouvir até mesmo que deveria ser presa por estar abusando do pequeno. No entanto, o vídeo que levou às críticas mostrava apenas um momento carinhoso entre os dois.

“Não consigo acreditar no quanto isso explodiu. Meu filho tem dois anos e meio, mas as pessoas estão dizendo que eu estou o violando. E o mais “engraçado” é que esse vídeo é sobre desmame e como estou tentando parar de amamentar. No entanto, aparentemente, eu deveria ser presa por estar fazendo algo natural e normal”, desabafou a mãe.

Diante dos ataques nas redes sociais, há quem questione o porquê de Emma continuar com as publicações sobre o assunto. Ela explica que a conscientização sobre o aleitamento materno prolongado é importante para que outras mães sejam acolhidas na decisão de seguir com a amamentação pelo tempo que quiserem.

“Muitas vezes, mulheres chegam até mim e falam como elas estão sendo julgadas por amamentarem e intimidadas por quererem continuar com o aleitamento materno. Então, meus vídeos dão coragem a elas ao saberem que não estão sozinhas nessa jornada e é por isso que eu não deixo de postar”, refletiu a figura materna.

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Os benefícios do aleitamento prolongado

Embora as pessoas julguem Emma por amamentar o filho aos dois anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses. E, mesmo depois da introdução alimentar, orienta-se que o pequeno continue mamando até pelo menos os dois anos.

Em entrevista anterior à Vitat, a pediatra Patrícia Terrível, membro do Departamento de Aleitamento Materno da SPSP, explicou que o leite materno é uma fonte importante para garantir a imunidade do bebê. Isso acontece porque ele recebe imunoglobulinas (ou seja, anticorpos) por meio da amamentação mesmo quando o pequeno já está experimentando alimentos sólidos.

“Além disso, o aleitamento materno prolongado diminui os riscos de pressão alta, diabetes e colesterol alto no futuro”, completa a especialista.

Ainda de acordo com a pediatra, há também relação entre a amamentação e a inteligência infantil. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) diz o mesmo. Segundo a instituição, existem estudos que mostram que crianças alimentadas com o leite materno têm o QI maior do que aquelas que não passaram pela amamentação, em torno de 3,4 pontos a mais. “É uma diferença modesta, mas que pode fazer diferença, principalmente quando pensamos em termos populacionais”, destaca a SBP.

Fonte:

  • Patrícia Terrível, pediatra membro do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

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