Adesivo substitui picadas de agulha na aplicação de vacinas

Saúde
21 de Julho, 2023
Adesivo substitui picadas de agulha na aplicação de vacinas

Boa notícia para quem sofre com as agulhas na hora de tomar vacinas: pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, em parceria com uma rede de cientistas de diferentes universidades brasileiras, estão testando um adesivo que substitui as picadas. O novo recurso, que deve acabar com o uso de seringas e agulhas na aplicação de vacinas, é minúsculo, isto é, possui cerca de 5 mm. Entenda mais sobre a novidade.

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Adesivo substitui picadas: detalhes sobre a pesquisa

Primeiramente, os cientistas testaram o adesivo em peles humana e animal, a partir de um banco de pele internacional. O resultado foi promissor, porque não apresentou irritação, alergia, nem inflamação. O próximo passo é fazer o mesmo teste, só que em animais vivos. Nessas duas etapas, os cientistas não usam imunizante no adesivo. A intenção é verificar se o produto é tóxico.

A última etapa da pesquisa deve ocorrer até 2025, quando o adesivo será testado com imunizantes. Primeiro em animais e, depois, em humanos. O material colante, com microagulhas de aplicação indolor, pode facilitar a imunização de crianças e de pessoas que tenham aversão a agulhas e injeções.

Como funciona o adesivo?

O adesivo possui micro agulhas de menos de 1 mm. A intenção é que, no contato com a pele, a pessoa não sinta nenhum incômodo, tampouco dor. Ele vai poder ser aplicado em qualquer parte do corpo e, para ter efeito, só pode ser retirado depois de uma hora.

De acordo com a Anvisa, não há, no Brasil, vacinas registradas na forma de adesivo para aplicação em humanos e ainda não existe previsão de quando os adesivos imunizantes vão estar disponíveis no mercado.

“Acredito que, com essa tecnologia, a gente vai ter mais adeptos a receber os medicamentos. A cobertura vacinal aumenta, fora as demais aplicações dessa tecnologia”, afirma Guilherme Mattos Jardim Costa, pesquisador UFMG.

Por fim, Lídia Andrade, do Laboratório de Biologia Celular da UFMG afirmou que, apesar de os testes estarem em fase inicial, os resultados são animadores. “Percebemos que as microagulhassão capazes de liberar, muito rapidamente, todo o conteúdo que carregavam”, comemora. “Vimos também que a pele animal não ficou irritada, o que indica a inexistência de toxicidade capaz de provocar reações adversas. Os testes devem ocorrer até 2025, mas já sugerem que o método proposto para imunização é promissor”, conclui.

 

Sobre o autor

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

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