Vulvodínia: o que é, sintomas, tratamentos e causas
A parte ao redor da abertura da vagina recebe o nome de vulva. E caso a mulher perceba algum desconforto na região, pode ser sinal de vulvodínia. A ginecologista Fernanda Pepicelli alerta: quando há dor crônica no local sem qualquer causa aparente é porque a condição está se manifestando. E embora suas causas ainda sejam um mistério para a ciência, é possível tratar o quadro para ter mais qualidade de vida. Entenda.
Como saber se eu tenho vulvodínia?
“Pode ocorrer dor, queimação ou irritação na região vulvar”, elenca a ginecologista e sexóloga Nelly Kobayashi. Esses sintomas podem levar a desconfortos na relação sexual ou até mesmo para atividades diárias, como se sentar. “Ou seja, pode se manifestar espontaneamente ou a um certo estímulo, como dor ao toque.”
Fernanda lembra que aquela sensação de pontada também pode aparecer. Para saber se é mesmo vulvodínia, a indicação é procurar um ginecologista. “Assim, o diagnóstico é clínico, isto é, a partir de uma boa conversa e exame físico com seu médico de confiança”, explica a profissional.
Tratamentos
Para tratar a vulvodínia é preciso um tratamento multidisciplinar, a começar pelo próprio ginecologista. O especialista irá atuar nos sintomas, receitando, por exemplo, analgésicos para alívio da dor e medicamentos para secura vaginal.
Para completar, um fisioterapeuta pélvico e um psicólogo são altamente indicados. A justificativa está, respectivamente, na importância de fortalecer o assoalho pélvico (conjunto de músculos que sustentam os órgãos da região baixa do abdômen) e do tratamento emocional, já que a vulvodínia pode impactar a vida sexual e trazer consequências para a rotina da mulher.
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É possível saber as causas da vulvodínia?
Não. “O que se acredita é que pode ter mais de uma causa associada, como dor neuropática, fatores genéticos, problemas ou disfunções no assoalho pélvico, alterações hormonais ou alterações nas vias nervosas”, afirma Fernanda.
“Assim, frequentemente a vulvodínia também está associada a história de infecções genitais, condições psicológicas (como ansiedade e depressão), antecedente de abuso sexual e traumas físicos ou psicológicos”, completa Nelly.
Fontes: Dra. Fernanda Pepicelli, ginecologista e obstetra pela Febrasgo, e Dra. Nelly Kobayashi, ginecologista, obstetra e sexóloga da Clínica VidaBemVinda