Vírus de Marburg: OMS confirma surto e nove mortes na Guiné Equatorial
O mundo mal se recuperou da pandemia de Covid-19 e está sob uma possível nova ameaça que acendeu o alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS). O vírus de Marburg, que pertence à família do ebola, é considerado um dos mais mortais do mundo.
Dependendo da variante, das condições de saúde e dos cuidados ao infectado, as chances de morte podem variar entre 50% e 88%.
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Vírus de Marburg já matou nove pessoas na Guiné Equatorial
Nesta semana, a OMS confirmou o surto da doença na Guiné Equatorial, localizada no continente africano. Nos últimos dias, o vírus de Marburg fez nove vítimas mortais. Além das mortes, o país está investigando 16 casos suspeitos — 14 deles estão assintomáticos, e duas pessoas apresentam sintomas leves.
Contudo, outros 21 indivíduos estão em isolamento e sob vigilância profissional por terem proximidade com as vítimas mortais. Para conter um possível transmissão, o país também exigiu a quarentena de 4.325 pessoas, que estão cumprindo o termo em casa.
A OMS também está facilitando o envio de tendas de luvas de laboratório para testes de amostras, bem como um kit de febre hemorrágica viral que inclui equipamento de proteção individual para 500 profissionais de saúde.
“[O vírus de] Marburg é altamente infeccioso. Mas, graças à ação das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência poderá ser eficaz para salvarmos vidas. Assim, conseguiremos deter o vírus o mais rápido possível”, disse Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para a África em comunicado oficial.
Sintomas e formas transmissão
A doença possui alto poder de disseminação e os sintomas surgem de maneira abrupta. Febre alta, dor de cabeça, vômitos e mal estar intenso são típicos da infecção. Todavia, muitas pessoas apresentam piora do quadro, com sintomas hemorrágicos depois de sete dias de infecção. É nesse período que a condição se agrava, elevando o risco de morte.
O vírus chega às pessoas por morcegos frugívoros e se espalha entre os humanos por meio do contato direto com os fluidos corporais, superfícies e materiais infectados. Não há vacinas ou tratamentos antivirais disponíveis para tratar o vírus.
No entanto, cuidados de suporte – reidratação com fluidos orais ou intravenosos – e tratamento de sintomas específicos melhoram a sobrevida.
Uma variedade de tratamentos potenciais, incluindo produtos sanguíneos, terapias imunológicas e terapias medicamentosas, assim como vacinas candidatas com dados da fase 1 ainda estão em avaliação.