Varíola dos macacos em crianças: EUA registram primeiros casos
Desde o início do surto viral pelo mundo, não houve nenhum caso infantil. Contudo, os Estados Unidos registraram os dois primeiros casos de varíola dos macacos em crianças nesta última sexta (22). Uma delas é um bebê, e a outra não há informações sobre a idade. Segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), as crianças não têm amigos e familiares em comum. Inclusive, o paciente bebê e sua família não moram nos Estados Unidos, e estavam a passeio para o estado de Washington. A princípio, o quadro de saúde dos pacientes é estável e estão recebendo o tratamento com o antiviral TPOXX para controle dos sintomas.
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Como se prevenir contra a varíola dos macacos
Neste último sábado (23), a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou emergência global de saúde para a doença da varíola dos macacos. De acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da organização, a medida servirá de controle da disseminação do vírus, que acumula mais de 16 mil casos em 75 países. Entre eles o Brasil, com 696 pessoas desde o início de junho.
Afinal, como se proteger da infecção? Primeiro, vamos às formas de transmissão. A mutação atual permite que o vírus circule e se espalhe entre humanos. Hoje, a principal forma de transmissão é por meio de relações sexuais. Todavia, no caso da varíola dos macacos em crianças e adultos, basta abraçar, beijar, compartilhar talheres e utensílios para contrair a infecção. Ou seja, estar perto de alguém infectado para dar oportunidade ao vírus.
Por essa razão, antes mesmo da doença desembarcar no Brasil, a Anvisa reforçou o uso de máscaras em locais fechados e em ambientes aéreos — aviões e aeroportos — para frear o avanço do vírus. Além disso, é importante buscar ajuda médica se houver qualquer sintoma. Como medidas, as secretarias de saúde estão monitorando e mantendo as pessoas em isolamento até o fim do ciclo do vírus. Por fim, para quem vai viajar, vale acompanhar a situação dos países de destino e redobrar os cuidados de higiene (por exemplo, lavar as mãos e utilizar álcool em gel) e o distanciamento social.
Sintomas
O período de incubação do vírus dura entre 5 e 21 dias, mas normalmente a manifestação começa no 13º dia. Logo após esse período, surgem febre, falta de ar, dores musculares, fadiga e inchaço nos gânglios. Mas a principal característica da doença são lesões na pele em forma de erupções parecidas com as da catapora e sífilis. Em geral, os sintomas somem entre 7 e 14 dias e sem complicações.