Variante XBB.1.5 da Covid é a mais transmissível já identificada, diz OMS
A variante da Ômicron XBB.1.5 é a versão mais transmissível da Covid-19 identificada até agora. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (4), pela epidemiologista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove. Notificações da XBB.1.5 já ocorreram em 29 países, porém a subvariante pode estar circulando em mais lugares sem ter sido detectada. Isso porque há uma redução no sequenciamento de amostras do novo coronavírus, de acordo com a especialista.
Em dezembro, a porcentagem de novas infecções por Covid-19 nos Estados Unidos causadas pela XBB.1.5 aumentou de 4% para 41%. “É um aumento impressionante”, escreveu Ashish Jha, coordenador de resposta à Covid-19 da Casa Branca, em uma publicação no Twitter. Ainda de acordo com a porta-voz da OMS, a população deve se manter informada, mas não alarmada sobre a cepa do coronavírus.
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O que se sabe sobre a variante XBB.1.5
Segundo Maria Van Kerkhove, não há dados ainda sobre a severidade da subvariante. Tampouco há indícios de que ela provoque quadros mais graves da doença do que outras sublinhagens da Ômicron, como a BQ.1, prevalente hoje no Brasil segundo o último relatório do Instituto Todos pela Saúde (ITPs).
“Ela (XBB.1.5) está rapidamente substituindo outras subvariantes em alguns países. Nossa preocupação é com o quão transmissível ela é. Ela tem um escape imunológico como vimos com a XBB (linhagem semelhante), mas é (somente) mais uma das subvariantes da Ômicron em circulação. Quanto mais esse vírus circular, mais oportunidades ele terá de mudar. Esperamos novas ondas de infecção em todo o mundo, mas isso não precisa se traduzir em novas ondas de morte porque há medidas que continuam a funcionar “, acrescentou a epidemiologista.
A XBB.1.5 surgiu pela primeira vez nos EUA, mas é uma derivada da XBB, subvariante que provocou uma alta de casos em setembro do ano passado em Cingapura e na Índia. Já há casos da subvariante no Brasil. A sublinhagem é uma combinação de outras versões da Ômicron BA.2, isto é, uma recombinante.
Orientações sobre a Covid continuam valendo
Especialistas apontam que, mais do que nunca, é fundamental manter o esquema de imunização contra a Covid-19 em dia. Ou seja, quatro doses da vacina para a população com mais de 18 anos. Crianças com cinco anos também devem reforçar o esquema vacinal, de acordo com o Ministério da Saúde.
Além disso, deve-se voltar a utilizar máscara em locais fechados, preferir ambientes ao ar livre, evitar aglomerações e, ao apresentar sintomas gripais, fazer um teste. Se o diagnóstico for positivo, é fundamental evitar o contato com outras pessoas por sete dias após o início de sintomas. O prazo deve ser estendido para dez dias se febre e sintomas respiratórios persistirem.