Vacina para ataque cardíaco está em fase de teste por farmacêutica
Pacientes que já tiveram um ataque cardíaco ou convivem com a insuficiência do órgão podem ter uma nova aliada para viver melhor. A farmacêutica Moderna está testando uma vacina para ataque cardíaco, com o objetivo de prevenir um novo episódio para quem possui histórico da condição. Além disso, o imunizante poderá beneficiar pessoas que possuem insuficiência, a fim de evitar que um ataque cardíaco ocorra.
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Como funciona a vacina para ataque cardíaco?
A vacina tem a proposta de prevenir e promover a recuperação de um indivíduo após um ataque cardíaco. Segundo relatório da farmacêutica, os primeiros participantes já receberam o imunizante.
O perfil dos voluntários inclui exatamente o alvo da vacina — pessoas com insuficiência cardíaca ou com antecedentes de um ataque cardíaco. Para realizar o teste, a vacina foi aplicada no coração dos pacientes.
Agora, resta esperar pelos resultados futuros, com a avaliação de possíveis efeitos colaterais e eficácia.
Qual a previsão de lançamento da novidade?
Para ser comercializado, um medicamento ou vacina precisa passar por inúmeros testes até receber aprovação. Portanto, não há previsão de lançamento do imunizante.
Em contrapartida, vale ressaltar que a Moderna utilizou uma tecnologia avançada, chamada RNA mensageiro. Basicamente, a vacina contra ataque cardíaco “treina” as células do organismo a replicar hormônios ou células, seja para fortalecer o sistema imunológico ou regenerar o tecido.
Ou seja, a nova vacina pode ajudar a regenerar as células musculares do coração depois de um ataque cardíaco, graças à codificação da relaxina. Este hormônio participa da melhoria do fluxo sanguíneo, permitindo o transporte de nutrientes e oxigênio. Como resultado, o organismo consegue produzir novos vasos sanguíneos, assim como recuperar o dano muscular cardíaco.
Números de mortes por ataque cardíaco no Brasil
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, as doenças cardiovasculares são umas das principais causas de morte.
Para se ter uma ideia, elas são mais mortais do que todos os tipos de câncer reunidos, doenças respiratórios e infecções como a AIDS, por exemplo.
O Cardiômetro, ferramenta criada pela Sociedade, oferece estimativas de óbito por ataques cardíacos praticamente em tempo real. “São mais de 1100 mortes por dia, cerca de 46 por hora, 1 morte a cada 1,5 minutos (90 segundos)”, afirma um texto da plataforma.
Embora os dados sejam preocupantes, é possível prevenir tais enfermidades com o devido controle e diagnóstico. Todavia, muitas pessoas procrastinam a ida ao médico para realizar exames de rotina.
Sobretudo os homens, que se cuidam menos do que as mulheres e buscam ajuda apenas quando os sintomas estão severos. Portanto, a recomendação da Sociedade é manter os check-ups em dia, assim como o monitoramento de doenças instaladas.