Vacina do tétano: quando tomar e possíveis efeitos colaterais
Quem nunca se machucou um um prego enferrujado e ficou com medo do tétano? Com razão. Pois, a doença pode ser grave. Mas, sua transmissão acontece também de outros jeitos. Saiba mais sobre a vacina do tétano, a vacina antitetânica.
Sem mitos, com conhecimento
Há uma crença popular de que se fizermos um corpo com objeto enferrujado, é tétano na certa. Mas, não é bem assim: a forma de adquirir é através de ferimentos na pele e mucosas com objetos de materiais diversos como madeira e metal, e que estejam sujos.
Com o ferimento, a bactéria Clostridium tetani terá caminho aberto e ali vai se multiplicar e fabricar uma toxina. Além disso, a bactéria causadora da doença pode estar presente também nas fezes de humanos e animais.
E ainda há o tétano neonatal, que pode acontecer em partos improvisados ou naqueles em que os instrumentos não tenham a esterilização adequada.
O principal sintoma é uma contração muscular involuntária, inicialmente na região da mastigação (a pessoa fica com uma espécie de sorriso irônico). Mas pode se estender para todo o corpo. Assim, neste caso, acontece a paralisia da musculatura respiratória e morte.
Como vem a cura
O tratamento do tétano é feito com soroterapia com soro anti-tetânico ou imunoglobulina hiperimune (substância com altas doses de anticorpos para certas doenças). Além disso, a limpeza e cuidados com o ferimento precisam ser feitos, bem como uso de antibiótico específico e aplicação da vacina. Contudo, nos casos mais graves, pode haver necessidade de respiradores mecânicos.
A vacina do tétano é uma das principais formas de evitar a doença
Também chamada de vacina antitetânica, ela produz anticorpos que protegem contra o desenvolvimento da doença. É feita com uma molécula similar à toxina tetânica (produzida pela bactéria Clostridium tetani), chamada de toxóide tetânico. Esta faz traz uma resposta imunológica do organismo impedindo o desenvolvimento da doença. Então, é uma vacina contra a toxina e não contra a bactéria.
Vacina do tétano: proteção garantida
O Ministério da Saúde recomenda três doses para as crianças: uma no primeiro ano de vida, outra quinze meses e mais uma aos quatro anos. Depois, no calendário, fica uma dose a cada dez anos. Contudo, no caso de gravidez, a vacinação é antecipada, assim como para quem se ferir e estiver com o reforço atrasado.
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Fontes: Bruno Zappa, infectologista do Centro de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Adventista Silvestre do Rio de Janeiro e Priscila Alexandrino, infectologista do Hospital São Lucas Copacabana, no Rio de Janeiro.