Vacina contra VSR recebe 1ª aprovação dos Estados Unidos
O vírus VSR é altamente contagioso e costuma ser um problema em estações como o outono e o inverno. Nessas épocas, o VSR (vírus sincicial respiratório) se propaga com maior facilidade e atinge inúmeras crianças, causando a bronquiolite. A doença respiratória é responsável por quase metade das internações infantis no Brasil, mas também afeta pessoas de outras idades, incluindo idosos. Até então, não existia uma vacina contra o vírus VSR, algo que está prestes a mudar.
O pontapé inicial para conter a disseminação da doença foi dado pelos Estados Unidos, que aprovou a primeira vacina para prevenir a infecção. Produzido pela farmacêutica GSK, o imunizante Arexvy se destinará a pessoas de 60 anos ou mais, a princípio.
Por enquanto, não há previsão de estender a cobertura para outros públicos. De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), a infecção respiratória é igualmente grave entre os idosos. Afinal, pode provocar pneumonia e bronquiolite, ambas potencialmente mortais para esse grupo de risco. Estima-se que o vírus cause a morte de 6 mil a 10 mil idosos americanos por ano. Sobretudo aqueles que apresentam outras enfermidades, como diabetes, obesidade e doenças cardíacas e pulmonares crônicas (DPOC, por exemplo).
Por essa razão, a FDA acredita que essa camada da população seja prioridade para receber a vacina contra o VSR.
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O que se sabe sobre a nova vacina contra o VSR?
O imunizante da GSK é o primeiro no mundo a receber o aval para entrar no calendário de vacinação de um país. Com a medida, a expectativa é oferecer a vacina ainda este ano nos Estados. Em paralelo, algumas nações da Europa e o Japão estão em processo de aprovar a novidade, ainda sem estimativa de incorporá-la ao sistema de saúde.
Quanto à eficácia, a farmacêutica realizou um teste clínico com 25 mil participantes adultos. Metade deles recebeu a vacina enquanto a outra, apenas placebo. Como resultado, o imunizante ofereceu, em média, 83% de proteção contra o VSR.
Além disso, a fabricante está preparando outro ensaio com indivíduos de 50 a 59 anos com comorbidades, a fim de viabilizar fornecimento da Arexvy para essa idade.
E no Brasil?
Não há informação sobre a possibilidade de termos uma vacina contra o VSR. No entanto, é fundamental redobrar os cuidados com bebês, crianças e idosos, que são mais suscetíveis a complicações do vírus.
Sintomas como falta de ar, peito cheio, coriza, tosse com catarro, fadiga, falta de apetite e dificuldade para mamar no caso dos bebês precisam de atenção e avaliação médica. O tratamento envolve ações de suporte, pois não há um medicamento específico para combater a infecção. Por exemplo, nebulizações, lavagens nasais, boa alimentação e hidratação fazem parte dos cuidados para o corpo reagir e, assim, se recuperar.
Contudo, quadros mais delicados — geralmente em bebês — exigem internação, pois o vírus é mais agressivo com crianças novas. Portanto, vale repetir o aviso: leve seu filho ao médico se notar qualquer um dos sintomas acima.