Vacina brasileira da Covid-19 inicia fase de testes em humanos
Embora a pandemia ainda seja realidade no Brasil e no mundo, a ciência tem trazido boas notícias quando o assunto é proteção e prevenção. É o caso da vacina brasileira da Covid-19, que começou a ser desenvolvida por meio de uma parceria entre UFMG e Fiocruz desde novembro de 2020.
O financiamento, assim como os insumos e tecnologia, são 100% nacionais. FAPESP, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o CNPq são alguns dos apoiadores para a iniciativa se tornar realidade.
Após o êxito nos testes iniciais, que envolveram a aplicação em animais e a aprovação de diversos órgãos, a vacina brasileira da Covid-19 já entrou na etapa de avaliação com participantes humanos. Durante a fase de cadastro, mais de mil pessoas se inscreveram para fazer parte do programa.
A princípio, os testes se dividirão em três momentos. Os dois primeiros serão em Belo Horizonte (MG), com 72 e 360 voluntários, respectivamente. Como critério, os pesquisadores utilizarão o modelo duplo-cego, cuja parte dos voluntários pertence a um grupo que receberá a vacina da AstraZeneca.
Por um ano, cada pessoa terá acompanhamento. Logo após a conclusão de ambas as fases, serão enviados relatórios do experimento para a Anvisa, que deverá autorizar a terceira e última fase, com 4 a 5 mil voluntários de todo o Brasil.
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Por que a vacina brasileira contra Covid-19 pode beneficiar o país?
Chamada SpiN-Tec, a vacina é uma esperança de trazer o protagonismo científico ao Brasil. Afinal, a aprovação nacional poderá conferir mais autonomia ao Brasil, que ficará menos dependente de fornecedores estrangeiros. Com isso, será possível ter a vacina com mais agilidade e acesso a regiões remotas do país.
Além disso, oferta-se mais vacinas ao Sistema Nacional de Saúde e pode, em um futuro próximo, exportar a solução para outros países.
Outro diferencial é a formulação do imunizante: a SpiN-tec conta com duas proteínas do coronavírus. Na prática, a vacina brasileira contra Covid atua combatendo várias partes do vírus, enquanto as atuais geram resposta em apenas uma frente do SARS-CoV-2.
Ou seja, a ação da SpiN-Tec é mais potente em comparação com as vacinas disponíveis no Brasil até o momento. Portanto, poderá proteger contra variantes e subvariantes.