Vacina bivalente estará disponível à população em fevereiro, prevê Saúde
Com o objetivo de ampliar a aderência à imunização, o Ministério da Saúde anunciou que irá oferecer a vacina bivalente como reforço contra a Covid-19. A previsão é que a campanha comece em 27 de fevereiro e priorize os grupos de risco, a princípio.
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Quem deverá receber a vacina bivalente primeiro?
De acordo com a pasta, a campanha se dividirá em quatro estágios, cada um contemplando um grupo de indivíduos:
- Fase 1: pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas.
- Fase 2: pessoas entre 60 e 69 anos.
- Fase 3: gestantes e puérperas.
- Fase 4: profissionais de saúde.
E quem não faz parte do grupo de risco?
Para quem não integra um dos grupos acima — ou seja, pessoas acima de 12 anos — a imunização ocorrerá com as vacinas disponíveis atualmente. A meta é vacinar a maioria dos indivíduos que estão com atraso nas doses de reforço.
“Fechamos o ano de 2022 com baixa cobertura vacinal em quase todas as imunizações. Também encontramos um baixo estoque de vacinas. Por isso, temos o risco real de desabastecimento de imunizantes importantes para o nosso calendário, como a BCG, Hepatite B e tríplice viral, por exemplo”, alertou Éder Gatti, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis (SVSA/MS), em comunicado oficial.
Com a campanha, a Saúde pretende transmitir confiança e credibilidade entre aqueles que ainda possuem resistência às vacinas. Incluindo as de doenças já erradicadas, como a poliomielite.
“Os nossos passos serão de reforço ao compromisso com a ciência, o fortalecimento da atenção primária e ações complementares, assim como a vacinação nas escolas”, adiantou.
O que é a vacina bivalente?
Produzida pela Pfizer, a vacina bivalente é uma atualização do imunizante contra a Covid-19. Portanto, ela foi desenvolvida para proteger a população da Ômicron e das subvariantes.
Elas servirão apenas como dose de reforço, cuja aplicação deve ser feita a partir de três meses depois da série primária da vacina ou, ainda, do reforço prévio.
Novos lotes da vacina para as crianças
No início deste ano, o sistema de saúde enfrentou a falta de vacinas para o público infantil em diversos estados e municípios. Felizmente, a pasta informou que o estoque da vacina “Pfizer Baby” será reabastecido em fevereiro, perto da campanha de vacinação em massa.
Ao todo, o país receberá mais 8,5 milhões de doses para crianças de 6 meses a 4 anos, mais 9,2 milhões da “Pfizer Pediátrica”, destinada para quem tem entre 5 e 11 anos.
Vacinação com a monovalente continua e população precisa dela
Diante da nova versão da vacina, muitas pessoas creem que as demais vacinas existentes percam a utilidade ou o poder de eficácia. Contudo, é exatamente o oposto. Os imunizantes monovalentes, que protegem contra menos subvariantes do coronavírus são essenciais para manter as pessoas seguras. Afinal, foram elas que ajudaram a controlar e reduzir os impactos da pandemia, mesmo com as mutações do vírus.
Sem a devida aderência, a imunidade coletiva cai, o que amplia as oportunidades de disseminação do vírus. Além disso, a falta de vacinação expõe as pessoas a complicações que podem levar à morte.
Portanto, mesmo que você não vá receber a vacina bivalente agora, atualize as doses de reforço para manter a proteção.