Tripofobia: O que é, sintomas, tratamentos e causas
Esponjas do mar, formigueiros, colmeia, todos têm algo em comum: buracos. Mas existem pessoas que, ao ver pequenos buracos ou círculos agrupados, sentem um medo irracional. Existe até um nome para isso: tripofobia
A tripofobia é um tipo de fobia caracterizada pela aversão à imagens ou objetos que tenham buracos ou padrões irregulares. “As pessoas com esse distúrbio ficam impacientes só de olhar. Elas se sentem amedrontadas diante de um favo de mel, por exemplo, acreditando que dali de dentro vai sair um bicho”, explica Deise Cristina Gomes, psicóloga Forense, e especialista em TDAH, ansiedade e depressão.
Dessa maneira, ao se deparar com os buracos, começam a surgir sintomas semelhantes ao de uma crise de ansiedade: tremores, sudorese, palpitações, entre outros.
“Até a esponja utilizada para lavar a louça causa repulsa nessa pessoa, pois ela tem aqueles buraquinhos na parte verde. E isso acaba atrapalhando o cotidiano. Atrapalha a vida em família em decorrência dessas situações que ela se depara”, ressalta a psicóloga.
Causas da tripofobia
De acordo com Deise, não existe uma causa específica para a tripofobia. Portanto, esse tipo de fobia surge por conta de alguns padrões que a pessoa começa a apresentar inconscientemente. Ou seja, ela começa a procurar buracos em todo local que frequenta.
A sensação de perigo pode ser desencadeada pela semelhança entre os buracos e a pele de animais venenosos, por exemplo.
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Sintomas
Os sintomas podem variar entre cada pessoa. Mas os sinais comuns, segundo Deise, incluem:
- Enjoo;
- Sudorese;
- Tremores;
- Formigamento e coceira pelo corpo;
- Arrepios
- Batimentos cardíacos acelerados;
- Choro incontrolável.
Tratamento para Tripofobia
Assim como outros tipos de distúrbios, existe tratamento para a tripofobia. Desse modo, Deise afirma que o tratamento é feito através de uma terapia comportamental, na qual a pessoa é exposta ao objeto do medo.
“É feito gradativamente, a pessoa é exposta aos poucos para não gerar um outro trauma, além de um acompanhamento médico. Nós trabalhamos muito com a terapia cognitiva comportamental, a mesma abordagem que a gente usa para lidar com o luto ou separação de um relacionamento”, diz a especialista.
Em alguns casos, pode ser necessária a indicação de algum medicamento para diminuir a ansiedade.
Fonte: Deise Cristina Gomes, Psicóloga Forense e especialista em TDHA, Ansiedade e Depressão; Atendimento autismo infantil; Especialista em micro expressões faciais.