Tratamento do Diabetes: a importância do controle da doença para uma melhor qualidade de vida

Saúde
23 de Novembro, 2023
Tratamento do Diabetes: a importância do controle da doença para uma melhor qualidade de vida

O diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo¹. Como consequência, pode causar o aumento da glicemia, resultando em complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte². Embora a doença não tenha cura, é possível conviver com ela. Para isso, a adesão ao tratamento é fundamental, pois permite o controle da doença, bem como uma maior qualidade de vida.

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O que é o pré-diabetes?

Antes do diagnóstico do diabetes, o paciente passa pela fase do pré-diabetes. Mas afinal, o que é isso? O pré-diabetes é quando o nível de açúcar no sangue está acima do normal, mas não alto o suficiente para um diagnóstico de diabetes tipo 2.  É um sinal de alerta do corpo, que normalmente aparece em obesos, hipertensos e/ou pessoas com alterações nos lipídios. Indica que a doença ainda pode ser revertida. No entanto, 50% dos pacientes que têm o diagnóstico de pré-diabetes, mesmo com as devidas orientações médicas, desenvolvem a doença. A mudança de hábito alimentar e a prática de exercícios são os principais fatores de sucesso para o controle²

Em geral, o pré-diabetes é assintomático. No entanto, já é capaz de promover alterações metabólicas importantes no organismo, aumentar consideravelmente a resistência à insulina e gerar um ambiente inflamatório — quadro conhecido como síndrome metabólica. A American Diabetes Association (ADA) considera o quadro de pré-diabetes para quem tem a glicemia (nível de açúcar no sangue) em jejum entre 100 e 125 mg/dl. Entretanto, em pessoas normais, esse número fica entre 70 e 99 mg/dl. Além disso, outros exames são capazes de detectar a condição, como o teste de tolerância oral à glicose e a hemoglobina glicada².

O que é o diabetes e quais são as causas?

O diabetes é dividido em dois tipos. O tipo 1 é uma doença crônica não transmissível, hereditária, que concentra entre 5% e 10% do total de diabéticos no Brasil. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. O diabetes tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram a doença devem fazer exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue².

O diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. A causa do diabetes tipo 2 está diretamente relacionada ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares inadequados². Cerca de 90% dos pacientes diabéticos no Brasil têm esse tipo².

Além desses tipos da doença, existe também o diabetes gestacional, que surge em pacientes grávidas, durante a gestação. Nesse caso, assim como no anterior, a dificuldade é, justamente, a resistência do corpo à ação da insulina, aumentando os níveis de açúcar no sangue. Pode ocorrer com qualquer mulher e raramente vem acompanhado de sintomas — o que torna ainda mais importante o alerta sobre o assunto para as futuras mamães³.

Leia mais: Sintomas pouco conhecidos do diabetes que você precisa saber

Sintomas do diabetes tipo 2

Apesar de serem característicos, os sintomas costumam aparecer somente quando a doença já está mais avançada4. Portanto, checar seus níveis de glicose em jejum (geralmente feitos em exames de sangue) de tempos em tempos é essencial. Além disso, de qualquer forma, vale ficar de olho em:

  • Sede constante;
  • Boca seca;
  • Vontade de urinar a toda hora;
  • Perda de peso;
  • Formigamento em pernas e pés;
  • Feridas que demoram para cicatrizar;
  • Cansaço frequente.

Riscos de não fazer o tratamento

Uma das principais consequências do diabetes é o dano aos vasos sanguíneos². Níveis persistentemente elevados de açúcar no sangue podem danificar as paredes dos vasos sanguíneos, tornando-os mais propensos a estreitamento e endurecimento. Esse processo, conhecido como aterosclerose, pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como doença arterial coronariana (DAC), ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).

Além disso, o diabetes também pode afetar os rins. Níveis elevados de açúcar no sangue podem sobrecarregar os rins, levando a danos progressivos. Com o tempo, isso pode resultar em doença renal crônica, comprometendo a capacidade dos rins de filtrar adequadamente os resíduos do sangue. Em casos mais graves, pode ser necessário realizar diálise ou até mesmo um transplante de rim5.

Outra complicação comum do diabetes é a neuropatia diabética, que pode afetar os pés e as pernas, tornando-os mais suscetíveis a feridas e infecções. Em casos avançados, a neuropatia pode levar à amputação de membros. O diabetes também pode causar problemas oculares graves, como a retinopatia diabética. Desse modo, aumenta o risco de desenvolvimento de catarata e glaucoma, que é o aumento da pressão intraocular6.

Por fim, o diabetes também afeta o sistema imunológico, tornando as pessoas mais suscetíveis a infecções. Feridas e lesões demoram mais tempo para cicatrizar, e infecções como a pneumonia são mais comuns em pessoas com diabetes não controlado².

Como prevenir o descontrole da doença

Com o diagnóstico do diabetes, é fundamental tomar medidas para controlar o quadro e, assim, evitar complicações que limitam a qualidade de vida. 

Uma dieta saudável, atividade física e evitar o uso de tabaco podem prevenir ou retardar o diabetes tipo 2. Além disso, a doença pode ser tratada e suas consequências evitadas ou retardadas com medicamentos, exames regulares e tratamento de complicações7.

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BR-27076 – Material destinado a pacientes. Este material informativo não substitui a conversa com um médico, pois apenas esse profissional poderá orientá-lo sobre a prevenção de doenças e o uso adequado de medicamentos. Não tome nenhum medicamento sem ter recebido orientação médica.

Referências

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